02 novembro 2025

Temos guerra ?


Ali pelas dunas e beira-mar entre a Apúlia e A Ver-o-mar não faltam sinais destes, que algo me frustram, ao ver os caminhantes a disfrutar de belas vistas e eu resignado a pedalar pelo empedrado da estrada.

Certo que estes passadiços são estreitos, é efetivamente impossível serem partilhados entre caminhantes e "pedalantes" e, em geral, esse convívio nem sempre é pacifico, mesmo quando a largura é maior. Pela minha parte nessas situações a interpelação é mais “com licença”, seguida de “obrigado” do que cheguem para lá e deixem-me passar que vou a abrir. Talvez estes últimos se queiram vingar das tangentes ou dos “ganchos” que os automóveis lhes fazem na estrada, mostrando que naquela "selva" são eles os alfa ….

Seja por lazer, exercício ou para casa-trabalho a bicicleta é uma excelente opção em muitos contextos e agora com a banalização das elétricas os horizontes alargam. Não sei se falta regulamentação ou apenas informação sobre a mesma, mas que estes convívios podiam ser melhorados e mais civilizados, podiam. E, às vezes, nem são necessárias muitas leis e respetiva polícia quando o bom-senso e o respeito tomam o lugar devido.

01 novembro 2025

PS inseguro, positivo para Seguro


Assim como as criancinhas que são obrigadas a comer a sopa toda antes de poderem sair da mesa, a cúpula do PS também se viu obrigada a engolir a candidatura de AJ Seguro antes de poder avançar com a sua vida. Há algumas caretas e JL Carneiro até decretou tolerância de voto para quem se sentir especialmente agoniado com a ementa.

Não penso, no entanto, que tais hesitações no palácio do Rato sejam uma desvantagem para o candidato presidencial. No histórico PS haverá muita gente disponível para votar Seguro e que teria alguma rejeição se o visse apoiado entusiasta e convictamente por Augusto Santos Silva e outros mais dessa cepa. Ver essa fação a fazer caretas é fator positivo e credibilizador.

As autárquicas de Lisboa em que 2 + 2 deram 3 em vez de 5 ou sequer 4, provaram que a “Frente de esquerda” juntando PS e extrema-esquerda pré-eleitoralmente não tem coerência nem recolhe entusiasmos numa grande franja do eleitorado. Não é aí que o PS pode ir buscar "a força". Frentismo é uma especialidade dos comunistas, mas mais na base de domesticar e anular “aliados” do que alargar a base popular de apoio.

Em resumo, a candidatura de Seguro e o resultado que daí virá poderá provocar uma redefinição de forças e proporcionar uma regeneração do partido, já que internamente a partir da cúpula não parece viável. A democracia e o regime democrático agradeceriam. A ver vamos…