Quando se se luta, será sempre por algo e contra algo. Há, no entanto, uma diferença grande entre a motivação principal ser o “por” ou o “contra”. Quando se luta “por”, há objectivos e princípios claros na base da luta. Do outro lado estará tudo o que se lhes oponha. Quando se luta “contra”, está-se contra algo e alinhando esforços com outras oposições. É diferente lutar pela liberdade e contra a(s) ditadura(s) ou ser simplesmente contra uma ditadura. Neste último caso, corre-se o risco de alinhar esforços com… outra ditadura diferente. O inimigo do inimigo não é automaticamente amigo.
Os jovens burgueses portugueses da década de 70 que se diziam maoistas, não seriam necessariamente “pelo” maoísmo, mas principalmente “contra” a sua sociedade, alinhando-se com um inimigo comum. Manter-se-iam maoistas se fossem viver para a China? Tenho sérias dúvidas! Mesmo os activistas que chegaram a acções armadas sérias, como os alemães do Baader Meinhof ou as brigadas vermelhas italianas, manteriam as convicções se vivessem no mundo pelo qual supostamente lutavam?
É mais fácil lutar “contra” do que “por”; é mais fácil destruir, mas é mais gratificante construir. É mais exigente escolher um caminho do que renegar um existente. Num caso a cabeça está erguida; no outro está baixa.
Dentro dos europeus partidos para a Síria para “lutar”, quantos estarão verdadeiramente motivados “pelo” (suposto) Islão e quantos estarão simplesmente revoltados “contra” o mundo em que vivem. Será assim tão difícil fazê-los entender que os motivos para quererem regressar vão muito para lá do tablete ficar sem bateria…? E que se conseguirem regressar vivos encontrarão mais do que o respectivo carregador?
Os jovens burgueses portugueses da década de 70 que se diziam maoistas, não seriam necessariamente “pelo” maoísmo, mas principalmente “contra” a sua sociedade, alinhando-se com um inimigo comum. Manter-se-iam maoistas se fossem viver para a China? Tenho sérias dúvidas! Mesmo os activistas que chegaram a acções armadas sérias, como os alemães do Baader Meinhof ou as brigadas vermelhas italianas, manteriam as convicções se vivessem no mundo pelo qual supostamente lutavam?
É mais fácil lutar “contra” do que “por”; é mais fácil destruir, mas é mais gratificante construir. É mais exigente escolher um caminho do que renegar um existente. Num caso a cabeça está erguida; no outro está baixa.
Dentro dos europeus partidos para a Síria para “lutar”, quantos estarão verdadeiramente motivados “pelo” (suposto) Islão e quantos estarão simplesmente revoltados “contra” o mundo em que vivem. Será assim tão difícil fazê-los entender que os motivos para quererem regressar vão muito para lá do tablete ficar sem bateria…? E que se conseguirem regressar vivos encontrarão mais do que o respectivo carregador?
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