06 janeiro 2015

Comodidade a qualquer preço?


Não consigo entender o protagonismo mediático criado em torno da privatização da TAP, numa altura em que não “falta assunto” e, sobretudo, depois da tranquilidade com que foram vendidas empresas de infraestructuras muitíssimo mais sensíveis, como a ANA e a REN.

Viajo com alguma regularidade e escolher a TAP ou outra companhia depende da proposta concreta em cada momento. Mudar de aeroporto de partida já não é tão fácil. Saindo em geral do Porto, já me desabituei aos voos directos. Sendo certamente mais cómodo, o fundamental é a relação serviço/preço e é irreal presumir que as relações bilaterais dependem fortemente dessa facilidade dos voos directos. Se eu precisar de viajar a um destino, pode o preço ser limitativo, mas não nunca o será haver uma escala. Se uma boa parte do stress quanto à privatização da TAP vem da eventual perda da comodidade dos voos directos de Lisboa, nem que para isso alguém em Trás-os-Montes ou no Algarve precise de pagar mais uns impostos ou taxas, estamos conversados.

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