Hoje foi lançado em França um romance de título “Soumission”, situado num futuro próximo em que após ser eleito um presidente muçulmano, há uma mudança dramática no cenário social do país. Polémica não falta, evidentemente. Há mesmo quem o considere inoportuno. Uma obra literária de ficção pode ser boa, má ou péssima… agora inoportuna?!?
Hoje 12 pessoas são assassinadas na redação do jornal satírico “Charlie Hebdo”, já abundantemente ameaçado pelos radicais islâmicos. Não se inibia de publicar imagens caricaturais de Alá e Maomé, quando, segundo o Islão, o simples facto de os representar já é pecado grave.
Há reações de repúdio e de condenação veemente de todos os quadrantes, incluindo de muçulmanos, naturalmente. Mas também se ouve um inaceitável considerando: o facto de eles terem ultrapassado uma linha perigosa ser um factor agravante a não ignorar... Não, nunca! O jornal não tem o direito de, eventualmente, difamar ou insultar, mas há leis para isso, que não são “Kalashnikov” por conta própria. Que se segue? O director do jornal, assassinado, dizia “preferir morrer de pé do que viver de joelhos”. A busca de uma certa dignidade e homenagem aos mortos pede resposta. Vão os restantes média fugir da auto-censura fatídica, dizer “somos todos Charlie” e republicar as imagens polémicas? Mas, se isso acontecer, a sensação de insulto do outro lado não irá aumentar e extremar posições?
Quem provocou esta carnificina não foram simples rufias de rua desenraizados. Podem ter sido utilizados, mas os que organizam e disponibilizam os meios, são outros. É ir atrás deles de todas as formas e feitios, não necessariamente colocando tropas armadas nas ruas e aeroportos. Essas medidas visíveis são apenas para a fotografia e de pouco servem, como os que supostamente protegeriam este jornal o provaram.
É necessário desfazer a amálgama entre estes “movimentos” criminosos e a prática religiosa de uma boa parte da população mundial. Conciliar liberdade de expressão, mesmo de dizer disparates, com a noção de respeito mútuo é um grande desafio, exigindo uma maturidade que não passa por decreto. A melhor resposta a um insulto é ser-se superior ao mesmo; a melhor forma de reagir a uma agressão é secá-la na fonte, com determinação e sem fraqueza. Uma boa parte desse trabalho incumbe aos muçulmanos responsáveis.
Nota 1; A imagem acima é uma das últimas caricaturas publicadas pelo jornal, trágica premonição
Nota 2: A imagem é a de um terrorista, simplesmente !
Hoje 12 pessoas são assassinadas na redação do jornal satírico “Charlie Hebdo”, já abundantemente ameaçado pelos radicais islâmicos. Não se inibia de publicar imagens caricaturais de Alá e Maomé, quando, segundo o Islão, o simples facto de os representar já é pecado grave.
Há reações de repúdio e de condenação veemente de todos os quadrantes, incluindo de muçulmanos, naturalmente. Mas também se ouve um inaceitável considerando: o facto de eles terem ultrapassado uma linha perigosa ser um factor agravante a não ignorar... Não, nunca! O jornal não tem o direito de, eventualmente, difamar ou insultar, mas há leis para isso, que não são “Kalashnikov” por conta própria. Que se segue? O director do jornal, assassinado, dizia “preferir morrer de pé do que viver de joelhos”. A busca de uma certa dignidade e homenagem aos mortos pede resposta. Vão os restantes média fugir da auto-censura fatídica, dizer “somos todos Charlie” e republicar as imagens polémicas? Mas, se isso acontecer, a sensação de insulto do outro lado não irá aumentar e extremar posições?
Quem provocou esta carnificina não foram simples rufias de rua desenraizados. Podem ter sido utilizados, mas os que organizam e disponibilizam os meios, são outros. É ir atrás deles de todas as formas e feitios, não necessariamente colocando tropas armadas nas ruas e aeroportos. Essas medidas visíveis são apenas para a fotografia e de pouco servem, como os que supostamente protegeriam este jornal o provaram.
É necessário desfazer a amálgama entre estes “movimentos” criminosos e a prática religiosa de uma boa parte da população mundial. Conciliar liberdade de expressão, mesmo de dizer disparates, com a noção de respeito mútuo é um grande desafio, exigindo uma maturidade que não passa por decreto. A melhor resposta a um insulto é ser-se superior ao mesmo; a melhor forma de reagir a uma agressão é secá-la na fonte, com determinação e sem fraqueza. Uma boa parte desse trabalho incumbe aos muçulmanos responsáveis.
Nota 1; A imagem acima é uma das últimas caricaturas publicadas pelo jornal, trágica premonição
Nota 2: A imagem é a de um terrorista, simplesmente !
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