Actualmente estamos como se houvesse um fabricante de automóveis, por exemplo, a GM, dominante com 95% do mercado. Que, explorando esse sucesso, também passou a ser dominante na construção e exploração das estradas, nos sistemas de portagens, nas áreas de serviço e no combustível fornecido. Seria também dominante nos camiões, autocarros e motociclos. Teria participações minoritárias noutros meios de transporte alternativos.
Quem tiver um GM abastece automaticamente. Quem não tiver terá problemas porque, quando a sua marca estiver adaptada ao sistema de abastecimento definido pela GM, esta mudá-lo-á. Esta exclusão “de facto” traduzir-se-ia noutros aspectos: Quem tiver um GM passa na ViaVerde; quem não tiver fará a fila para a portagem manual porque o seu veículo não se entende bem com o sistema GM da portagem. Quem tiver um GM dialoga com os semáforos e apanha mais verdes; quem não tiver apanha mais vermelhos. E por aí fora...
Quando a GM fosse instada a revelar a fórmula do combustível, diria que se trata de propriedade intelectual protegida e acrescentaria que não garante o correcto funcionamento dos seus automóveis com combustível não GM. Diria também que não garante a segurança das estradas em que os semáforos não sejam GM.
Dá para imaginar o problema enorme que esta situação representaria. Nas tecnologias de informação estamos parecidos. O “bug do ano 2000”, cuja história aliás não está totalmente contada, demonstrou que estamos dependentes social e economicamente dos sistemas informáticos muito mais do que imaginávamos.
Mais do que um problema comercial/jurídico ou Europa versus USA, a MS é um problema estratégico macroeconómico. Mais do que penalização, creio ser necessária regulação. Exactamente, como há para outros aspectos sensíveis, como a energia. Ninguém imagina um mundo em que o petróleo seja dominado por uma única companhia, pois não?
Quem tiver um GM abastece automaticamente. Quem não tiver terá problemas porque, quando a sua marca estiver adaptada ao sistema de abastecimento definido pela GM, esta mudá-lo-á. Esta exclusão “de facto” traduzir-se-ia noutros aspectos: Quem tiver um GM passa na ViaVerde; quem não tiver fará a fila para a portagem manual porque o seu veículo não se entende bem com o sistema GM da portagem. Quem tiver um GM dialoga com os semáforos e apanha mais verdes; quem não tiver apanha mais vermelhos. E por aí fora...
Quando a GM fosse instada a revelar a fórmula do combustível, diria que se trata de propriedade intelectual protegida e acrescentaria que não garante o correcto funcionamento dos seus automóveis com combustível não GM. Diria também que não garante a segurança das estradas em que os semáforos não sejam GM.
Dá para imaginar o problema enorme que esta situação representaria. Nas tecnologias de informação estamos parecidos. O “bug do ano 2000”, cuja história aliás não está totalmente contada, demonstrou que estamos dependentes social e economicamente dos sistemas informáticos muito mais do que imaginávamos.
Mais do que um problema comercial/jurídico ou Europa versus USA, a MS é um problema estratégico macroeconómico. Mais do que penalização, creio ser necessária regulação. Exactamente, como há para outros aspectos sensíveis, como a energia. Ninguém imagina um mundo em que o petróleo seja dominado por uma única companhia, pois não?
1 comentário:
Muito da actual massificação da informática se deve à MS. No entanto, esta posição demasiado dominante é bastante preocupante.Chegou a altura, de uma forma séria e global, encarar este problema, sob pena de nos atrasarmos irremediavelmente.
AMP
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