Conto várias vezes uma história deliciosa, segundo a qual, a fábrica do futuro, completamente automatizada, só tem dois seres vivos. Um engenheiro e um cão. Para que servem? O engenheiro para intervir quando houver um problema; o cão para evitar que o engenheiro mexa nas máquinas quando não há problema. Esclareço que sou engenheiro.
Acho que num regime maduro, como em Portugal, o Presidente da República, é um pouco este engenheiro. Estar lá, atento, inspirar confiança e saber intervir, mas só quando for necessário, não antes. Há, no entanto, uma diferença. Não existe cão. O Presidente tem que se autocontrolar.
Vejamos os dois candidatos principais. Cavaco Silva é um engenheiro de projecto. Não se resignará a ficar a ver as máquinas a trabalhar. Terá uma enorme tentação de intervir, ultrapassando as suas funções. Mário Soares quererá mostrar que é o dono da fábrica. As suas intervenções serão mais para evidenciar o seu poder sobre a “sua propriedade” do que em função das necessidades reais.
Coloquemos ainda no devido lugar a importância do Presidente. Creio ser consensual que Jorge Sampaio interpretou e desempenhou bem a sua função. No entanto, não foi, nem poderia ter sido, ele a fazer aumentar o PIB. Mais uma vez, isso não depende de um Presidente providencial nem de um D. Sebastião. Depende do trabalhinho sério de todos.
Finalmente, considero que o papel de Mário Soares na história recente de Portugal não está esclarecido. O seu desempenho e as suas motivações estão mistificados. Na sua infeliz candidatura à Presidência do Parlamento Europeu já vimos algumas estaladelas no verniz. Talvez esta campanha, que ou muito me engano ou será também algo infeliz, ajude a esclarecer quem é e quem foi realmente Mário Soares. A História agradecerá.
Acho que num regime maduro, como em Portugal, o Presidente da República, é um pouco este engenheiro. Estar lá, atento, inspirar confiança e saber intervir, mas só quando for necessário, não antes. Há, no entanto, uma diferença. Não existe cão. O Presidente tem que se autocontrolar.
Vejamos os dois candidatos principais. Cavaco Silva é um engenheiro de projecto. Não se resignará a ficar a ver as máquinas a trabalhar. Terá uma enorme tentação de intervir, ultrapassando as suas funções. Mário Soares quererá mostrar que é o dono da fábrica. As suas intervenções serão mais para evidenciar o seu poder sobre a “sua propriedade” do que em função das necessidades reais.
Coloquemos ainda no devido lugar a importância do Presidente. Creio ser consensual que Jorge Sampaio interpretou e desempenhou bem a sua função. No entanto, não foi, nem poderia ter sido, ele a fazer aumentar o PIB. Mais uma vez, isso não depende de um Presidente providencial nem de um D. Sebastião. Depende do trabalhinho sério de todos.
Finalmente, considero que o papel de Mário Soares na história recente de Portugal não está esclarecido. O seu desempenho e as suas motivações estão mistificados. Na sua infeliz candidatura à Presidência do Parlamento Europeu já vimos algumas estaladelas no verniz. Talvez esta campanha, que ou muito me engano ou será também algo infeliz, ajude a esclarecer quem é e quem foi realmente Mário Soares. A História agradecerá.
1 comentário:
É preciso ....um cão. urgente.
Pessoalmente não confio em nenhum dos dois, mas relativamente ao Dr. Mário Soares, há muito que a história e o povo Português merecia a verdade dos factos.
E já nem falo de Timor.
T
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