Tenho para mim que grande riqueza conseguida de forma fácil, com pouco esforço, tem valores que a integridade desconhece. A prosperidade do pequeno Luxemburgo é um caso assim. São ricos por esconderem e guardaram activos com discrição e segurança. Uma espécie de cofre-forte à prova de ladrões, fiscais das finanças e até mesmo polícia. Que um país isolado como o Liechtenstein o faça pode ficar-lhe mal, mas tem a sua soberania. Se alemães, ou outros, vão lá abrigar a sua fortuna, o Estado alemão que se ponha em campo.
A Europa não tem, nem parece vir a ter tão cedo, uma harmonização fiscal, mas é evidente que os cantinhos abrigados são moralmente condenáveis e há pressões justas para acabar com isso, sejam eles na Madeira ou as ilhas inglesas do canal da Mancha. O que se soube esta semana sobre o Luxemburgo é de uma gravidade incrível. O seu governo negociava com empresas, incluindo europeias, acordos fiscais secretos. Ou seja, uma empresa francesa, por exemplo, em vez de declarar o seu lucro na sua sede real e aí pagar impostos, fazia um desvio pelo vizinho para pagar simplesmente 1% ou até menos. Podem os luxemburgueses dizerem que não é ilegal, mas é imoral. É uma verdadeira sacanice e pelas costas!
Se as instituições europeias pressionam a Irlanda por publicamente acordarem apenas 10% de IRC a empresas que lá se instalam industrialmente, que dirão destes 1% secretos, para simples caixas de correio, sem nenhuma actividade económica real local? O Sr Juncker, recentemente empossado presidente da comissão europeia, tendo sido primeiro-ministro do Grão-ducado e certamente parte activa e informada nesses acordos, que moral e autoridade tem ele para liderar a Europa? Eu acho que nenhuma, mas mesmo nenhuma.
A Europa não tem, nem parece vir a ter tão cedo, uma harmonização fiscal, mas é evidente que os cantinhos abrigados são moralmente condenáveis e há pressões justas para acabar com isso, sejam eles na Madeira ou as ilhas inglesas do canal da Mancha. O que se soube esta semana sobre o Luxemburgo é de uma gravidade incrível. O seu governo negociava com empresas, incluindo europeias, acordos fiscais secretos. Ou seja, uma empresa francesa, por exemplo, em vez de declarar o seu lucro na sua sede real e aí pagar impostos, fazia um desvio pelo vizinho para pagar simplesmente 1% ou até menos. Podem os luxemburgueses dizerem que não é ilegal, mas é imoral. É uma verdadeira sacanice e pelas costas!
Se as instituições europeias pressionam a Irlanda por publicamente acordarem apenas 10% de IRC a empresas que lá se instalam industrialmente, que dirão destes 1% secretos, para simples caixas de correio, sem nenhuma actividade económica real local? O Sr Juncker, recentemente empossado presidente da comissão europeia, tendo sido primeiro-ministro do Grão-ducado e certamente parte activa e informada nesses acordos, que moral e autoridade tem ele para liderar a Europa? Eu acho que nenhuma, mas mesmo nenhuma.
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