Alguns factos: existem muitos cursos superiores em Portugal a formarem pessoas em número largamente acima ao do seu mercado de trabalho potencial; para muitas funções não se encontram quadros com a formação necessária e têm de ser as empresas a assumi-lo, de forma mais ou menos estruturada, mais ou menos eficaz; certas grandes empresas, algumas alemãs, têm centros de formação profissional com um grande sucesso quanto à colocação dos formandos no mercado de trabalho.
Tudo isto é conhecido, dito e repetido cá na terra. Que venha um estrangeiro comentá-lo, e concretamente a maléfica Sra Merkel, isso ninguém aceita, é quase um atentado à soberania nacional. Não tenho nenhuma simpatia especial pela senhora, mas não me parece que a sua intenção fosse decretar que os portugueses não deveriam passar de profissões de baixas qualificações. É óbvio que a economia não necessita apenas de “doutores e engenheiros”, como também é certo que a Alemanha, nesse e noutros campos, tem mais sucesso do que nós.
A reacção exacerbada é típica de terceiro-mundista complexado. Seria mais interessante aproveitar a oportunidade para reflectir com mais profundidade e subtileza. Encerrar o assunto na simples métrica da percentagem da população com formação superior é pouco relevante, como a prática o confirma. Quanto aos malefícios que sofremos do país da maldita senhora, eu gostaria muito, mas mesmo muito, que existisse na Europa outro país idêntico, que tivesse cá outras Autoeuropa, Bosch, Continental e só para citar algumas.
Tudo isto é conhecido, dito e repetido cá na terra. Que venha um estrangeiro comentá-lo, e concretamente a maléfica Sra Merkel, isso ninguém aceita, é quase um atentado à soberania nacional. Não tenho nenhuma simpatia especial pela senhora, mas não me parece que a sua intenção fosse decretar que os portugueses não deveriam passar de profissões de baixas qualificações. É óbvio que a economia não necessita apenas de “doutores e engenheiros”, como também é certo que a Alemanha, nesse e noutros campos, tem mais sucesso do que nós.
A reacção exacerbada é típica de terceiro-mundista complexado. Seria mais interessante aproveitar a oportunidade para reflectir com mais profundidade e subtileza. Encerrar o assunto na simples métrica da percentagem da população com formação superior é pouco relevante, como a prática o confirma. Quanto aos malefícios que sofremos do país da maldita senhora, eu gostaria muito, mas mesmo muito, que existisse na Europa outro país idêntico, que tivesse cá outras Autoeuropa, Bosch, Continental e só para citar algumas.
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