Dentro dos defeitos e contra efeitos das colonizações, julgo existir uma particularidade na nossa. Como me dizia em tempos um belga conhecedor das Áfricas: Os portugueses, donde saem, deixam amigos. O relacionamento pessoal estabelecido com os locais tinha, segundo ele, um nível de proximidade, muito diferente do dos restantes europeus.
Em 1974 pouca gente em Portugal sabia bem onde ficava Timor Leste, mas a mobilização posterior contra a ocupação indonésia foi enorme e genuinamente solidária. Dentro das suas limitações Portugal ajudou a estruturar o novo país, quando este era pobre e de uma forma materialmente desinteressada.
Aparentemente Timor já sofre da maldição do petróleo. Até se pode entender que lhes seja desconfortável verem estrangeiros a investigarem e a julgarem notáveis locais. O que não se entende mesmo é a palavra expulsão e as 48 horas. Esta urgência dificilmente justificável é uma grande infelicidade / falta de jeito de quem a decreta e acaba por, indirectamente, esclarecer o fundo da questão. O povo timorense merecia melhor.
Em 1974 pouca gente em Portugal sabia bem onde ficava Timor Leste, mas a mobilização posterior contra a ocupação indonésia foi enorme e genuinamente solidária. Dentro das suas limitações Portugal ajudou a estruturar o novo país, quando este era pobre e de uma forma materialmente desinteressada.
Aparentemente Timor já sofre da maldição do petróleo. Até se pode entender que lhes seja desconfortável verem estrangeiros a investigarem e a julgarem notáveis locais. O que não se entende mesmo é a palavra expulsão e as 48 horas. Esta urgência dificilmente justificável é uma grande infelicidade / falta de jeito de quem a decreta e acaba por, indirectamente, esclarecer o fundo da questão. O povo timorense merecia melhor.
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