24 setembro 2014

Trapalhadas trágicas

Estou neste momento em Argel (não é muito meu hábito relatar assim em directo) a menos de 200 km do local onde foi raptado domingo um turista francês, na imagem acima, e supostamente hoje executado, por um ramo do tenebroso “Estado Islâmico” que controla barbaramente uma parte da Síria e do Iraque. Perigoso por aqui? Não especialmente.

Em primeiro lugar. Porque raio foi o malgrado senhor passear para uma zona de montanha inóspita, que toda a gente sabe infestada de terroristas e bandidos? Que até escassos dias antes se tinham “mostrado”? Onde o próprio exército tem todos os cuidados quando por lá circula?!

Em segundo lugar. O grupo em causa, de “Estado Islâmico” só tem o nome e emprestado. Explico. Dos conturbados anos 90 e particularmente do GIA - “Grupo Islâmico Armado”, que sucedeu militarmente ao partido banido, o “FIS”, subsistiu nos anos 2000 o GSPC. Quando a “Al Qaeda” ganhou notoriedade mudaram de nome para AQMI – Al Qaeda para o Magreb Islamico. Agora como o que está a dar nas notícias é o “Estado Islâmico”, estes resolveram trocar de bandeira. Enfim, uns vira-casacas!

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