O dia 10 de Setembro marca a data da delimitação geográfica da região de produção do chamado vinho do Porto, iniciativa notável e pioneira no mundo, promovida pelo Marquês do Pombal em 1756. Os franceses adorariam certamente que essa primazia tivesse ocorrido em Bordéus ou em Champanhe, mas não foi e o Alto Douro merece sem dúvida esta honra. Não conheço nenhum cenário tão espectacular e imponente, recordando que não é natural, mas sim construído e inicialmente até à força de braços. Os enólogos poderão acrescentar algo sobre as características únicas das suas vinhas.
Este ano, pela primeira vez, celebrou-se nessa data o “Dia do Vinho do Porto”. Ao ouvir um responsável ser entrevistado sobre o assunto, ele referia que mesmo em Portugal a bebida não era suficientemente consumida e divulgada. Fez-me lembrar um comentário que fiz a uns europeus do norte quando me falaram de uma famosa bebida portuguesa de cor rosada e adocicada, muito popular na terra deles. Eu disse-lhes que isso era uma espécie vinho para quem não sabia o que era realmente vinho e que os portugueses praticamente nem a bebiam. Uma boa parte do vinho do porto comercializado é um xarope para quem não sabe o que é o vinho fino ou tratado, designações durienses na origem.
É certo que os seus mercados principais gostam de bebidas docinhas, mas para o vinho do Porto ganhar o respeito pleno dos portugueses e dos povos do vinho, devia haver uma separação mais clara e uma promoção diferenciada entre, dum lado, os xaropes afinados de origem misturada e pouco esclarecida e, do outro, os vinhos sérios, com personalidade e identificação clara geográfica e temporal.
Este ano, pela primeira vez, celebrou-se nessa data o “Dia do Vinho do Porto”. Ao ouvir um responsável ser entrevistado sobre o assunto, ele referia que mesmo em Portugal a bebida não era suficientemente consumida e divulgada. Fez-me lembrar um comentário que fiz a uns europeus do norte quando me falaram de uma famosa bebida portuguesa de cor rosada e adocicada, muito popular na terra deles. Eu disse-lhes que isso era uma espécie vinho para quem não sabia o que era realmente vinho e que os portugueses praticamente nem a bebiam. Uma boa parte do vinho do porto comercializado é um xarope para quem não sabe o que é o vinho fino ou tratado, designações durienses na origem.
É certo que os seus mercados principais gostam de bebidas docinhas, mas para o vinho do Porto ganhar o respeito pleno dos portugueses e dos povos do vinho, devia haver uma separação mais clara e uma promoção diferenciada entre, dum lado, os xaropes afinados de origem misturada e pouco esclarecida e, do outro, os vinhos sérios, com personalidade e identificação clara geográfica e temporal.
Sem comentários:
Enviar um comentário