Escrevo este texto a pensar num caso concreto mas não é único nem específico de um sector. Refiro-me àquelas empresas que têm uma dimensão vinte vezes menor do que o mínimo, segundo os livros, absolutamente necessário para sobreviver.
Algumas já provaram que os livros tinham razão. Outras, como esta, ainda se movem. Tem máquinas antigas mas bem tratadas. Tem um dono que a vê como sua e preocupado com a sua perenidade. Conhece-lhe todos os cantos e todos os interruptores. E, dia após dia, lá vai inventando a sua forma de sobreviver fugindo e atacando qual guerrilheiro. Sempre esclarecido e sempre digno.
Trata-se de empresas que pagam salários a quem lá trabalha, que fazem coisas, coisas essas que são carregadas em camiões e enviadas para longe ou para perto. Ganham algum dinheiro. Não tanto como aqueles engravatados que fazem apostas sobre qual será o valor da taxa de câmbio euro-dólar dentro de três meses, o que é pouco mais do que um totobola financeiro. Provavelmente até ganharão menos do que alguns “investidores” que lá vão comprando terrenos e fazendo uns prédios muito bem construídos e lindos de morrer.
São empresas que também não durariam mais do que uma semana nas mãos dos gestores de fundo de pensões, esses que recebem as poupanças de quem receia que o Estado possa falir. O rendimento seria absolutamente insuficiente, de acordo com o que vem nos livros.
Provavelmente estão todas condenadas, ou não! Enquanto subsiste, aquele senhor empresário é, na minha opinião, um herói.
1 comentário:
Olá Vizinho, uma saudação aqui de Ofir. Voltarei para te ler com mais calma.
Bjs e boa semana
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