Depois de Terri Schiavo nos USA, em Março deste ano, vem agora Maria Korp na Austrália trazer para as primeiras linhas da actualidade a inesgotável polémica sobre a eutanásia.
Uma das questões, normalmente sem resposta, e que muito ajudaria a sustentar uma decisão, é o que pensaria e desejaria o próprio. Nessa altura o próprio não está em condições de responder e é um impasse.
Eu acho que se poderia fazer um paralelo com a situação da doação de órgãos. Em Portugal, salvo indicações em contrário, somos todos dadores. Na Alemanha, pelo menos há pouco tempo, era o inverso. Não se podia recolher órgãos do corpo a menos que existisse demonstração expressa da vontade do próprio. Assim, quem quisesse ser dador, tinha consigo, junto ao BI, um outro cartão em que declarava que autorizava a doação dos seus órgãos.
Porque não fazer um cartão idêntico para a eutanásia? “Declaro que em caso de morte cerebral e estado vegetativo sem esperança de recuperação, não desejo que me prolongam a vida artificialmente”. Com esta formulação, ou parecida, passaríamos a ter, a tempo, a resposta que tanta falta faz posteriormente.
1 comentário:
E porque não! Talvez com uma destas atitudes pragmáticas se poupasse muita "energia"...
AMP
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