O Problema do ensino em Portugal é uma sopa com muitos ingredientes e não serve de nada responsabilizar exclusivamente a batata ou a cenoura. Ao contrário de outras áreas, em que é fácil e cómodo apontar a escassez de recursos, parece até que aqui nem sequer é esse o caso. Gastamos comparativamente muito para os resultados obtidos. Talvez signifique que gastamos mal.
Um campo representativo é, sem dúvida, a formação contínua dos professores do ensino básico e secundário. É assim: ao fim de “x” anos, o professor necessita de “y” créditos para “progredir na carreira”. Os créditos obtêm-se por frequência de acções de formação. Dentro das acções creditadas, cada um escolhe as que quer fazer. Não necessariamente pelas suas lacunas de formação; não necessariamente em função de um plano de desenvolvimento pessoal minimamente coordenado. Muitas vezes somente numa perspectiva de: como é que eu consigo os créditos da forma mais imediata, fácil e menos chata possível?
Como corolário desta lógica, soube recentemente de um caso concreto exemplar. Para ter “frequência”, e os créditos correspondentes, basta assistir a uma percentagem das horas, creio que 2/3. Uma acção de formação que começou numa quarta-feira com 19 participantes, terminou no sábado à tarde com... 3! À medida que foram completando a quota horária mínima, os participantes acharam que já não tinham “necessidade” de continuar.
Parece-me perturbadoramente semelhante à postura dos alunos que gerem o número de faltas a dar para não chegar ao final do ano sem terem usufruído completamente desse “direito”. Que pensariam esses professores se, nas últimas 3 semanas do ano, 85% dos seus alunos faltassem, por se sentirem “desobrigados” de irem às aulas?
Neste caso pagou-se a acção de formação e a maioria dos professores nada aprendeu de útil para a sua actividade, porque nem sequer se preocupou em aprender. Deram um péssimo exemplo e, no final, receberam os créditos e acabarão por ser aumentados! É tudo prejuízo!
Há algo ainda pior do que este prejuízo material. É que, seguramente, para muitos desses professores, o que eles fizerem foi perfeitamente natural. Estavam lá pelos “créditos” e, quando os viram garantidos, não havia mais nenhuma razão para continuar a acção de formação. Assim, não vamos lá!
Um campo representativo é, sem dúvida, a formação contínua dos professores do ensino básico e secundário. É assim: ao fim de “x” anos, o professor necessita de “y” créditos para “progredir na carreira”. Os créditos obtêm-se por frequência de acções de formação. Dentro das acções creditadas, cada um escolhe as que quer fazer. Não necessariamente pelas suas lacunas de formação; não necessariamente em função de um plano de desenvolvimento pessoal minimamente coordenado. Muitas vezes somente numa perspectiva de: como é que eu consigo os créditos da forma mais imediata, fácil e menos chata possível?
Como corolário desta lógica, soube recentemente de um caso concreto exemplar. Para ter “frequência”, e os créditos correspondentes, basta assistir a uma percentagem das horas, creio que 2/3. Uma acção de formação que começou numa quarta-feira com 19 participantes, terminou no sábado à tarde com... 3! À medida que foram completando a quota horária mínima, os participantes acharam que já não tinham “necessidade” de continuar.
Parece-me perturbadoramente semelhante à postura dos alunos que gerem o número de faltas a dar para não chegar ao final do ano sem terem usufruído completamente desse “direito”. Que pensariam esses professores se, nas últimas 3 semanas do ano, 85% dos seus alunos faltassem, por se sentirem “desobrigados” de irem às aulas?
Neste caso pagou-se a acção de formação e a maioria dos professores nada aprendeu de útil para a sua actividade, porque nem sequer se preocupou em aprender. Deram um péssimo exemplo e, no final, receberam os créditos e acabarão por ser aumentados! É tudo prejuízo!
Há algo ainda pior do que este prejuízo material. É que, seguramente, para muitos desses professores, o que eles fizerem foi perfeitamente natural. Estavam lá pelos “créditos” e, quando os viram garantidos, não havia mais nenhuma razão para continuar a acção de formação. Assim, não vamos lá!
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