04 julho 2005

Risco improvável, riso inevitável

Nas recentes discussões no Parlamento sobre a revisão do estatuto dos deputados, alguns dos "interessados" terão alertado para o risco de essas alterações poderem provocar uma diminuição da qualidade dos políticos!

Lembrei-me imediatamente da qualidade dos Silvas de Águeda e afins e até me vieram as lágrimas aos olhos. De riso e de pranto. Como será um deputado de qualidade inferior à do Silva de Águeda?

E lembrei-me de uma entrevista que ouvi a Almeida Santos na Antena 1, a 22/01/2005. Entre outras coisas interessantes, confirmava que sempre houve muita disputa para a realização das listas eleitorais. E explicava. Apesar de não terem um vencimento muito elevado, muitos deputados ganham muito mais do que ganhariam noutra actividade fora do parlamento, ao seu alcance. Também beneficiam duma grande liberdade em Lisboa, inclusive conjugal. Achava que há demasiados deputados, de tal forma que alguns deles praticamente não têm oportunidade de intervir durante toda a legislatura. Conclui-se que muita gente quer ser deputado porque, afinal, se trata duma rica vida!

E porque não reduzir o Parlamento para metade? É simples, reduz significativamente os custos e até pode ser bastante higiénico

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