24 julho 2005

In certa parte



Parto, chego a partir à partida, chego a partir à chegada. Partido, entre saber e arriscar, entre ver e sonhar. Repartindo, a ansiedade de fugir, a nostalgia do meu mar. Numa velocidade, impossível de acertar, de estupidamente lenta a estonteante e descontrolada. E acelero, fujo do sufocar. E travo, do perigo a anunciar

Partir, reviver, refazer cada chegada, quebrar, a fuga insustentada.

Afinal nunca parti, não consegui chegar. O meu estado não muda, deambulo frente ao mar.

4 comentários:

CLÁUDIA disse...

Talvez nunca saibamos se chegamos, porque estamos permanentemente a caminho...*

Titá disse...

Eis uma definição de VIVER!

Carlos Sampaio disse...

Pois... mas com ou sem poesia, não haverá alturas em que não sabemos se estamos a partir ou a chegar...?
Ou as duas coisas em simultâneo?
Ou.. nada..?!?

Titá disse...

Com certeza que saberás, dentro de ti...como no "princepezinho"...se olhares com o coração...mas também, será assim tão importante saber se é uma partida ou uma chegada?
Eu só sei, que como boa Portuguesa que sou, a partida deixa-me sempre a saudade...mas, pensando bem, a chegada também.