19 setembro 2016

O orçamento dos impostos

Nos preparativos, aperitivos e antevisões para o próximo orçamento de Estado, a palavra-chave parece ser “impostos”. Feitas as reversões e virada a página da austeridade (de certa forma), o crescimento económico lá foi fazer companhia a D. Sebastião: há-de aparecer numa manhã de nevoeiro.

A agenda da atualidade é completada com umas bocas e piadas sobre jogos de caçar bichinhos virtuais e anda também a corte muito indignada com a publicação de um livro proibido. Tudo coisas fundamentais para os amanhãs cantarem.

Como o tal dito crescimento não dá sinais de aparecer, a alternativa é colocar a imaginação a trabalhar em termos de receita fiscal, que parece ser um inquestionável e ilimitado direito de saque do Estado sobre tudo o que mexe e mesmo sobre o que está parado. Eu sugiro acrescentar impostos sobre pianos de cauda e portões de garagem elétricos.

Entretanto, para haver crescimento, criação de mais riqueza, é necessário haver confiança e investimento. Quem confia e investe num país onde todos os anos o governo sai à rua para sacar mais e novos impostos?

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