01 setembro 2016

Natascha Kampusch


Há cerca de 10 anos, em 23 de Agosto de 2006, a jovem austríaca Natascha Kampusch fugia de um cativeiro monstruoso de 3096 dias, passados numa cave de 6 m2. Uma daquelas notícias que emociona a opinião e pública e dá a muitos a grande satisfação de se sentirem deveras bonzinhos, face às barbaridades como estas que ocorrem pelo mundo.

Houve quem não gostasse de ela não ter divulgado todos os detalhes do cativeiro, nem de não ter linearmente condenado o raptor. Não lhe perdoaram ter chorado quando soube da morte do seu carcereiro, o único ser humano com quem contactou durante mais de 8 anos. Será possível odiar continuamente durante tantos anos? Um monstro será monstro da cabeça aos pés durante 24 horas por dia, 365 dias por ano?

A realidade não é a preto e branco, preto de um lado e branco do outro. Quem não consegue entender isso e critica a jovem austríaca ex-refém por recusar a monocromia, só deve conhecer a “vida” das telenovelas.



Mais detalhe na notícia do I aqui, de onde extraí a fotografia

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