Os franceses são grandes vendedores de imagem. Sem falar em modas, perfumes e outros luxos muito bem vendidos, basta pensar naquele vinhito de S. Martinho, o “Beaujolais Nouveau”, com o qual conseguem criar um acontecimento mundial… enfim!
Na sua história há duas referências claramente sobrevalorizadas ou, pelo menos, contadas de forma facciosa. Uma é a famosa revolução, certamente um marco fundamental na história da humanidade, mas cuja prática imediata, muito afastada da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” é pouco analisada. A outra é a resistência à ocupação alemã durante a II Guerra Mundial.
As imagens românticas e heroicas dos resistentes, do “Si c’etait à refaire…”, são apresentadas como a representação principal da verdadeira França, grandiosa, mas não foi bem assim. Muitíssimos franceses colaboraram e não necessariamente por básica necessidade de sobrevivência ou simples cobardia. Muitos deles identificaram-se com a ideologia nazi e, por exemplo, abraçaram claramente o antissemitismo. A história não deve incluir apenas o lado A, aprende-se muito com o B. Por tudo isto, é muito significativo ter estado patente uma importante exposição sobre a França colaboracionista, realizada a partir de documentos da época – “La Collaboration (1940-1945) à travers les archives”, Hôtel Soubise, Paris.
Agora que esta mostra corajosa encerrou, podemos esperar de algo idêntico cá, para os nossos lados, para o nosso lado B …? É que procurar evitar erros futuros passa por analisar com frieza e discernimento os passados.
Na sua história há duas referências claramente sobrevalorizadas ou, pelo menos, contadas de forma facciosa. Uma é a famosa revolução, certamente um marco fundamental na história da humanidade, mas cuja prática imediata, muito afastada da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” é pouco analisada. A outra é a resistência à ocupação alemã durante a II Guerra Mundial.
As imagens românticas e heroicas dos resistentes, do “Si c’etait à refaire…”, são apresentadas como a representação principal da verdadeira França, grandiosa, mas não foi bem assim. Muitíssimos franceses colaboraram e não necessariamente por básica necessidade de sobrevivência ou simples cobardia. Muitos deles identificaram-se com a ideologia nazi e, por exemplo, abraçaram claramente o antissemitismo. A história não deve incluir apenas o lado A, aprende-se muito com o B. Por tudo isto, é muito significativo ter estado patente uma importante exposição sobre a França colaboracionista, realizada a partir de documentos da época – “La Collaboration (1940-1945) à travers les archives”, Hôtel Soubise, Paris.
Agora que esta mostra corajosa encerrou, podemos esperar de algo idêntico cá, para os nossos lados, para o nosso lado B …? É que procurar evitar erros futuros passa por analisar com frieza e discernimento os passados.
Sem comentários:
Enviar um comentário