A estrada N222 entre a Régua e o Pinhão foi considerada “a mais bela estrada do mundo”, aparentemente até com base num critério científico. Não conheço mundo suficiente para poder comentar essa avaliação, mas sei uma coisa: como num bom livro em que não apetece chegar ao fim, é uma estrada donde não apetece sair (seja de carro, moto ou bicicleta… :) ).
De realçar que ela não é completamente desenhada pelo rio original, pela natureza. Como tudo no Alto Douro, foi fortemente moldada pela intervenção humana. Dos 23 km totais, cerca de metade foram refeitos para fugir à albufeira da barragem de Bagúste, construída no início dos anos 70. É precisamente essa secção, a mais recta e aberta, que faz a alternância com as partes sinuosas à saída da Régua e entre a foz do Távora e o Pinhão, que a valorizou.
Vamos encontrar, portanto, nessa estrada uma réplica do modelo da região. Umas condições naturais únicas, fantásticas, que são trabalhadas e reviradas pelo homem, valorizando-as. Este virar e revirar da natureza no Douro, não foi feita para agradar à vista, mas por razões práticas. No ponto de vista das necessidades práticas, as estradas foram durante muito tempo um grande problema. A bem da beleza da região, que tem um valor, também prático e útil, gostaria de pedir que as intervenções nas novas vias de comunicação mantenham esse cariz particular no Douro: o homem mexe mas não estraga. Poupem-no de mais longos viadutos e pilares semeados pelas encostas. E, já que estamos em maré de pedir, um pouco mais de cuidado com a arquitectura das construções pode não ser uma batalha perdida.
Foto da dita cuja, tirada da outra margem.
De realçar que ela não é completamente desenhada pelo rio original, pela natureza. Como tudo no Alto Douro, foi fortemente moldada pela intervenção humana. Dos 23 km totais, cerca de metade foram refeitos para fugir à albufeira da barragem de Bagúste, construída no início dos anos 70. É precisamente essa secção, a mais recta e aberta, que faz a alternância com as partes sinuosas à saída da Régua e entre a foz do Távora e o Pinhão, que a valorizou.
Vamos encontrar, portanto, nessa estrada uma réplica do modelo da região. Umas condições naturais únicas, fantásticas, que são trabalhadas e reviradas pelo homem, valorizando-as. Este virar e revirar da natureza no Douro, não foi feita para agradar à vista, mas por razões práticas. No ponto de vista das necessidades práticas, as estradas foram durante muito tempo um grande problema. A bem da beleza da região, que tem um valor, também prático e útil, gostaria de pedir que as intervenções nas novas vias de comunicação mantenham esse cariz particular no Douro: o homem mexe mas não estraga. Poupem-no de mais longos viadutos e pilares semeados pelas encostas. E, já que estamos em maré de pedir, um pouco mais de cuidado com a arquitectura das construções pode não ser uma batalha perdida.
Foto da dita cuja, tirada da outra margem.
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