Estive uma vez 24 horas em Teerão (aqui). Muito pouco para entender o país, mas o suficiente para me aguçar a curiosidade sobre a sua enorme dimensão cultural e forte identidade. A antiga Pérsia, entre o golfo de seu nome e o mar Cáspio, foi durante muitos séculos um importante cruzamento de caminhos intercontinentais, algo que deixa marcas. No passado recente, nomeadamente durante o século XX, foram demasiado fortes para se deixarem governar, mas não o suficiente para escaparem às tensões e manipulações que dominaram a região. Em 1978 a revolução islâmica, incluindo a crise dos reféns americanos, e o posterior discurso radical dos seus governantes, divorciaram o país do ocidente. No entanto, uma boa parte da sua população nunca o esqueceu, como o muito interessante filme de animação “Persópolis” narra. Em 2001 quando a Al-Qaeda de berço sunita leva a cabo o 11/9, o agora designado Irão pensa ver uma oportunidade para se reaproximar da comunidade internacional. Curiosamente George Bush vai surpreender ao inclui-los no famoso “Eixo do Mal”.
O recente acordo sobre o desenvolvimento nuclear é uma janela que se abre e foi extremamente curioso ver as manifestações de alegria espontâneas nas ruas de Teerão (foto anexada picada de um site de noticias). Este acordo tem muitos espaços em branco por preencher e muito caminho ainda por percorrer. Também tem inimigos poderosos, seja do lado da influência israelita, seja do lado dos petrodólares árabes. Mas, pelo menos, pelos educados e cultos persas, eles e elas, com vontade de viver no mundo moderno e dispostos a dar o seu pleno contributo para isso, seria muito bom que vingasse.
O recente acordo sobre o desenvolvimento nuclear é uma janela que se abre e foi extremamente curioso ver as manifestações de alegria espontâneas nas ruas de Teerão (foto anexada picada de um site de noticias). Este acordo tem muitos espaços em branco por preencher e muito caminho ainda por percorrer. Também tem inimigos poderosos, seja do lado da influência israelita, seja do lado dos petrodólares árabes. Mas, pelo menos, pelos educados e cultos persas, eles e elas, com vontade de viver no mundo moderno e dispostos a dar o seu pleno contributo para isso, seria muito bom que vingasse.
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