Enquanto o país mediático se entretinha a contar e recontar deputados e a especular acordos e coligações; enquanto o PSD suspirava pelo seu D. Sebastião e os seus barões e escudeiros afiavam as armas; enquanto os professores exigiam a anulação do processo de avaliação; enquanto os tribunos arengavam com maior ou menor elegância e os comentadores comentavam os comentários de outros comentadores, ele crescia.
O deficit das contas públicas, que é como quem diz, o estado gastar muito mais do que recebe. É certo que uma boa parte do problema tem origem externa, há uma crise mundial que não ajuda nada, mas isso não altera um milímetro da questão fundamental: é insustentável viver assim!
Obviamente que dentro da mui retórica discussão sobre qual é a real autoridade de um governo minoritário e com a oposição ameaçando disparar e aprovar legislação populista avulsa, ao deficit económico virá somar-se o deficit de iniciativa e de reformas sérias. Fragilizado, o governo continuará numa espécie de campanha eleitoral permanente, distribuindo papas e bolos. Não se aumentam os impostos, a contenção nos aumentos salariais é uma opção que pode ser tomada ou não. Enfim, nada que desagrade a ninguém porque podemos sempre ter umas eleições ao virar da esquina. De notar que não se trata bem de distribuir o que existe: trata-se de pedir emprestado e gastar agora para, lá para a frente, noutro horizonte, alguém reembolsar o empréstimo com os devidos juros.
O deficit das contas públicas, que é como quem diz, o estado gastar muito mais do que recebe. É certo que uma boa parte do problema tem origem externa, há uma crise mundial que não ajuda nada, mas isso não altera um milímetro da questão fundamental: é insustentável viver assim!
Obviamente que dentro da mui retórica discussão sobre qual é a real autoridade de um governo minoritário e com a oposição ameaçando disparar e aprovar legislação populista avulsa, ao deficit económico virá somar-se o deficit de iniciativa e de reformas sérias. Fragilizado, o governo continuará numa espécie de campanha eleitoral permanente, distribuindo papas e bolos. Não se aumentam os impostos, a contenção nos aumentos salariais é uma opção que pode ser tomada ou não. Enfim, nada que desagrade a ninguém porque podemos sempre ter umas eleições ao virar da esquina. De notar que não se trata bem de distribuir o que existe: trata-se de pedir emprestado e gastar agora para, lá para a frente, noutro horizonte, alguém reembolsar o empréstimo com os devidos juros.
O que devia ser claro para todos os actores é que a redução do défice é uma necessidade e uma prioridade indiscutível. Fingir que ele não existe ou pretender que o seu tratamento pode ser indolor é irresponsabilidade. Capitalizar politicamente as medidas impopulares indispensáveis é não merecer a democracia. Por fim, os milhões perdidos e desviados cujos processos judiciais não existem ou vegetam podem ser quantitativamente apenas uma gota no oceano, mas acabar com eles representa um mundo de diferença em atitude e exigência...por onde tudo começa.
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