A decisão Suiça de proibir os minaretes é, no mínimo, polémica. Não será de forma nenhuma útil ou positiva como medida para conter ou limitar a expansão do radicalismo islâmico, antes pelo contrário. Penso, no entanto, que uma boa parte dos suíços que votaram contra os minaretes não estão alinhados com a extrema-direita xenófoba, básica e bronca que promoveu o referendo. É muito perigoso simplificar dessa forma e deixar essa gente capitalizar este resultado.
Em primeiro lugar não se trata de uma limitação à prática religiosa, é uma limitação arquitectónica. Se numa aldeia histórica preservada são proibidas as caixilharias de alumínio, não terão os suíços direito a “protegerem a sua paisagem” contra elementos que considerem estranhos à sua cultura?
Por outro lado, e deixando de lado os radicalismos islâmicos e xenófobos, há a ter em conta o problema real da “intrusão”. Muitos muçulmanos não se limitam a professar a sua crença individualmente. Procuram moldar o mundo exterior e impor as suas regras, muito diferentes dos padrões sociais ocidentais actuais. Recentemente vi uma notícia de nos EUA um bar ter tido problemas por estar a uma distância de uma mesquita inferior à “regulamentar”. Fortemente aconselhado a deixar de servir bebidas alcoólicas acabou por colocar cortinas opacas nas janelas....
Ao abordar a questão da abertura e das limitações nas práticas religiosas no mundo, porque não trazer amplitude e maturidade para o fórum? Em muitos países que se indignam com esta limitação, realmente, os campanários não estão proibidos, são os próprios alicerces das igrejas e outros templos que não se fazem. Celebrar o Natal, mesmo em privado, pode ser crime. Porque não serenamente e sem afrontamentos trazer a palavra “reciprocidade” para o palco? Seria seguramente mais inteligente, mais justo e mais eficaz do que deixar correr o jogo dos radicais.
Em resumo, não aplaudo a medida mas de uma coisa estou certo: não gostaria nada, mas mesmo nada, de num fim de tarde de verão me ver impedido de beber uma cerveja numa bela esplanada em frente ao mar por ter sido construída uma mesquita ali ao lado na esquina.
Em primeiro lugar não se trata de uma limitação à prática religiosa, é uma limitação arquitectónica. Se numa aldeia histórica preservada são proibidas as caixilharias de alumínio, não terão os suíços direito a “protegerem a sua paisagem” contra elementos que considerem estranhos à sua cultura?
Por outro lado, e deixando de lado os radicalismos islâmicos e xenófobos, há a ter em conta o problema real da “intrusão”. Muitos muçulmanos não se limitam a professar a sua crença individualmente. Procuram moldar o mundo exterior e impor as suas regras, muito diferentes dos padrões sociais ocidentais actuais. Recentemente vi uma notícia de nos EUA um bar ter tido problemas por estar a uma distância de uma mesquita inferior à “regulamentar”. Fortemente aconselhado a deixar de servir bebidas alcoólicas acabou por colocar cortinas opacas nas janelas....
Ao abordar a questão da abertura e das limitações nas práticas religiosas no mundo, porque não trazer amplitude e maturidade para o fórum? Em muitos países que se indignam com esta limitação, realmente, os campanários não estão proibidos, são os próprios alicerces das igrejas e outros templos que não se fazem. Celebrar o Natal, mesmo em privado, pode ser crime. Porque não serenamente e sem afrontamentos trazer a palavra “reciprocidade” para o palco? Seria seguramente mais inteligente, mais justo e mais eficaz do que deixar correr o jogo dos radicais.
Em resumo, não aplaudo a medida mas de uma coisa estou certo: não gostaria nada, mas mesmo nada, de num fim de tarde de verão me ver impedido de beber uma cerveja numa bela esplanada em frente ao mar por ter sido construída uma mesquita ali ao lado na esquina.
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