Dois fatos recentes poderão eventualmente prenunciar que o PS poderá estar em fase de desgeringonçar…
O primeiro é o resultado das autárquicas em Lisboa. A frente
da chamada esquerda somou menos do que a soma das partes. De facto, para as eleições
autárquicas não há geringonças pós-eleitorais. Têm que ser assumido antes e a ficção
de um alinhamento largo de “esquerda” entre o PS e os radicais à sua esquerda
provou, para muitos eleitores, ser isso mesmo, uma ficção. Resta uma
curiosidade: se em 2015 a geringonça fosse anunciada antes das eleições, os resultados
seriam idênticos?
O segundo facto é o apoio manifestado à candidatura presidencial
de António José Seguro. Uma decisão naturalmente lógica, mas o tempo que demorou,
as posições de certos cortesões do Rato e a ambiguidade da “flexibilidade” no
apoio tolerado deixam muita expetativa. Foi um apoio decidido assim como quem
arranca um dente e a ver vamos como o PS no seu fundo vai digerir este dilema.
Quem se vai impor? O “partido invisível” dentro do PS que abomina Seguro ou um
outro PS mais popular (perto do povo) e genuíno?
A bem do nosso regime democrático e do papel que o PS aí
pode e deve desempenar é relevante o resultado. Eu cá tenho a minha preferência…

2 comentários:
O PS está profundamente dividido e não me parece que J.L. Carneiro consiga colar os cacos.O que não é nada bom para a democracia.
A ver vamos. Parece que os Pedronunistas já entenderam que não irão longe. A ver o que os Costistas (e orfãos de Sócrates) farão. Aquele palácio do Rato precisa de uma desinfeção !
O JL Carneiro nesta de o PS apoia Seguro, mas os militantes farão o que entenderem parece querer estar de bem com Deus e o Diabo.
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