Após a revelação do escândalo do Qatargate assistimos a uma firme e pronta reação da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu. Certo que ainda ninguém foi condenado, que a presunção de inocência continua de aplicação num Estado de Direito, mas o cheiro a esturro é tão forte, que forçou a uma tomada de posição e natural preocupação pela perda de confiança nas instituições europeias que tal situação gera.
Ainda não ouvi ninguém por lá proclamar “à justiça o que é
da justiça (e esperemos que transite em julgado)”, como por estes lados se
tornou tradicional, por mais escandalosos e inaceitáveis que sejam os fatos
tornados públicos.
Certo que formalmente só é ladrão quem for apanhado a
roubar, houver provas validadas, não anuladas por um incidente processual
qualquer, o julgamento concluído, todos os recursos esgotados, tudo antes da
prescrição e e e…
A um responsável político que gere causa pública ou a um
eleito que recebeu uma procuração para representar cidadãos, exige-se mais do
que simplesmente conseguir inocentar-se (… safar-se!) em tribunal. Ética. Podem
perceber e tentar aprender?
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