Não deixamos de ouvir falar e de sentir os aumentos no custo de energia elétrica e os impactos ambientais da sua produção. Sabemos também que o caminho não passa por apenas esperar novos grandes projetos, mas muito pela mudança de hábitos e contributos individuais.
Dentro da contribuição possível de cada um inclui-se a
instalação de painéis fotovoltaicos domésticos, sendo que a motivação ambiental
sobrepõe-se muitas vezes à avaliação financeira pura do investimento.
Feito o investimento, há desde logo a questão de
desalinhamento entre o pico da produção, durante o pleno sol quando a casa está
vazia (sobra energia que vai para a rede) e o consumo quando a casa está
ocupada e já não sol há (falta energia que vem da rede).
Pareceria ser lógico e justo que o operador nos cobrasse o
diferencial entre a energia que forneceu e a que recebeu, só que este balanço é
feito e fechado em intervalos de apenas 15 minutos. Significa que o grosso da
energia excedentária não é deduzida/contabilizada.
Teoricamente pode ser vendida, mas após um largo conjunto de
procedimentos, como se essa venda fosse um desígnio relevante do processo, e
mendigando junto dos operadores quem dá qualquer coisinha pelos kwh que nos sobram.
Não é muito motivador. O excedente deveria ser diretamente deduzido do consumo, eventualmente com ajuste regulamentado de tarifa. Esta burocracia e discricionariedade não ajudam à causa.
Atualizado a 11/12 com a publicação no "Público"
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