06 dezembro 2017

Natal luz


Numa cidade-luz onde poucas ou nenhumas iluminações de Natal preenchem o espaço público, “diversité oblige” (um dia descobrir-se-á que toda esta correção, se calhar está errada), os narizes retraem-se ao contacto com o frio matinal.

No passeio à frente, narizes grandes e pequenos colam-me às montras animadas das galerias, transbordantes de sons e cores de Natal, ou do que lhe queiram chamar, mas bonito e caloroso.

No passeio atrás, uma idosa sentada, encolhida com o frio, com uma caixa de cartão no chão da rua, onde pede especificamente cheques refeição. Tem a companhia de uns gatos enroscados, imóveis e retraídos.

No mesmo passeio, dois turistas (?) de prancha na mão desenham calmamente o quadro. Têm todo do tempo do mundo, a senhora e os gatos estão absolutamente estáticos, tipo natureza morta.

Tirei a foto constrangido, muito a correr é certo, de longe, sem grandes preocupações técnicas e com um resultado sofrível. Talvez o desenho dos senhores tenha saído bem, tempo não lhes faltou… e descontração.

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