10 fevereiro 2016

E o Carnaval?

Pois é, já passou. Já estamos nas cinzas. Do Carnaval mesmo, genuíno, recordo-me de na infância sair pela rua com os meus primos a “correr o farrapão”, não esfarrapados mas pouco menos. Havia também uma tradição na grande família de organizar um “assalto” a casa de um feliz contemplado em cada ano… Entrava toda a gente mascarada e os anfitriões forçados lá tinham que se esforçar para identificar quem é quem. Mérito para os últimos a serem reconhecidos, já quase pelo princípio da exclusão de partes.

Mais tarde, foi uma data que, juntamente com o S. João e a Passagem de Ano, constituía a “troika” das festas de garagem. A data servia de motivo e de desculpa, sem uma entidade característica muito marcada.

Acredito existirem terras e pessoas para quem esta festa tem e terá um significado forte e profundamente enraizado na sua cultura e identidade coletiva. Assim seja… No entanto, há um carnaval que não me agrada: o do espetáculo pelo espetáculo, o dos corsos gelados e pingados pela inversão das estações do ano entre o local origem e a triste cópia. Tão pouco gosto da festa “obrigatória” nas escolas para os pequenos (a minha fantasia é mais chique do que a tua…), que até já importaram uma tal de “Halloween” que nunca conheci.

Como não crente, até estou muito à vontade para o dizer: sendo o Carnaval o adeus à carne antes da quaresma, acho que quem não a faz, também não o devia celebrar…

PS: E não é que em 54 000 fotografias arquivadas, aparentemente não encontro nenhuma que de carnaval? A semana santa de Braga, também serve…

Sem comentários: