07 janeiro 2016

Presidenciais em banho-maria


Estas presidenciais, apesar do número significativo de candidatos e da situação particular do país, nunca como recentemente, após as legislativas, se pesou e discutiu tanto o real poder do PR, estão mornas e não aquecem.

A chamada direita, supostamente minoritária, tem um único candidato, supostamente independente, que entende precisar de piscar um olho à esquerda e ali lançar também a sua rede. Calculista e especulador de cenários por natureza, deve ter uma espécie de calculadora virtual onde faz contas do tipo: se eu disser “a”, ganho “y” votos, “check!”. Já só me falta “z”. Que poderei dizer a seguir para conseguir esse “z”? Esquece-se um pouco de que queremos um “Senhor” PR e não um “esperto reguila”…

A chamada esquerda passa por uma crise existencial quanto à função presidencial. Se após as eleições de Outubro se fartou de dizer e gritar que Cavaco Silva não tinha mais do que aceitar e calar o que saía do “seu” parlamento, desvalorizando bastante a figura do PR, como pode agora um candidato de esquerda convictamente bater no peito e dizer: “Se eu for eleito faço e aconteço… !”? Também não se entende a sobreposição de candidaturas, especialmente entre o BE, o PCP e Sampaio da Nóvoa e custa-me bastante entender como um verdadeiro independente consegue angariar e gastar 500, 600 ou 700 mil Euros na campanha.

Face à situação precária da geringonça e da sua condução perigosa anunciada pelos timoneiros e tutores, necessitamos de um PR com muito juízo…. E quem é que ali aparenta ter mais juízo e carregar menos interesses às costas … independentemente da idade? (é uma pergunta…)

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