27 janeiro 2016

Exames e (des)igualdades

Vê-se por vezes circular uma imagem como a anexa em jeito de ilustração sobre as injustiças associadas aos sistemas de avaliação genéricos e generalizados. O tema deve ser contextualizado. Se a questão é “todos devem ser capazes de subir à árvore”, será injusto para o pobre elefante. Ele preferiria certamente uma outra prova, como carregar um grosso tronco, para se ficar a rir do macaco.

No entanto, se está em causa aprender a subir a uma árvore, é natural que haja no fim uma verificação de que o objetivo foi alcançado. O erro não está no exame, mas sim na presença do elefante naquela disciplina.

Uma imagem deste tipo não justifica a abolição dos exames, supostamente provocadores da tal “exclusão injusta” e inviabilizadores a escola “inclusiva e integradora”. Apenas evidencia a necessidade da diferenciação dos curricula. Há quem seja naturalmente dotado para trepar às árvores, outros para carregar os troncos. Pretender que toda a gente deve poder trepar e carregar é que cria a exclusão. Pseudo-resolver a questão, anulando a avaliação… não é grande opção.

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