10 novembro 2015

Males que vêm por bem

Ou, dito doutra forma: há bens que chegam por acaso. Quis o azar que há uns dias atrás, ao fazer as malas um pouco à pressa, deixei para trás o material de leitura… Bom, o aeroporto de Lisboa até tem uma loja da Fnac…

Na dita loja, o material exposto em destaque, basicamente da categoria das “novidades”, não entusiasmava muito. A escolha era entre títulos bombásticos em capas de cores fortes e títulos pindéricos sobre capas pirosas…

Felizmente, lá ao fundo, estava uma estante com edições de bolso e uma coleção muito mais afastada da chamada espuma dos dias… Recordou-me os tempos em que eu ia juntando os trocos para os trocar por edições baratas de capa mole. Hoje eles ainda lá estão vivos na estante, apesar de não muito vistosos e com o papel já muito amarelado.

A escolha recaiu sobre um autor até agora virgem para mim: Machado de Assis e o seu “Dom Casmurro”. A sua função “biblo” na estante não será grande coisa, mas também não foi caro. No fundamental, ufa…! Que bela surpresa e que excelente história tão bem escrita. Uma das coisas boas deste mundo é haver sempre algo extraordinariamente bom, pronto a nos surpreender (desde que não nos baralhemos com o aspeto das capas).

4 comentários:

Maria Joao Morgado disse...

Vou ler e depois digo se gostei.
O autor também é virgem para mim! :)

Carlos Sampaio disse...

Boa leitura ! :)

Maria Joao Morgado disse...

O capitulo "A Opera" é uma autentica delícia!
Gostei ... muito!
Obrigada pela dica.

Carlos Sampaio disse...

Efetivamente, ele tem uma escrita interessante e bonita.
Já está mais um dele em fila de espera!