13 novembro 2015

Convergência

As imagens ao lado são o registo oficial do momento histórico da formalização da convergência da esquerda. Para lá das especulações e reflexões sobre o fundo e o futuro desta novidade, que muitos rios de tinta fizeram e farão correr, confirma-se não parecer ser possível ter os líderes dos vários partidos sentados lado a lado à mesma mesa, anunciando a sua convergência.

Convergiram para a esquina de uma mesa e assinaram documentos bilaterais, de pé, alguns deles sem sequer arrumarem as cadeiras. Jerónimo de Sousa está todo torcido, incomodado pela carteira vazia e a senhora dos verdes vai ao ponto de assinar debruçada com o peito pousado sobre as costas da dita. Aparentemente Catarina Martins conseguiu ultrapassar o obstáculo de uma forma mais elegante.

O que é que isto importa? Pouco. Uma pessoa importante que conheci dizia várias vezes que nunca assinava nada de pé “entre duas portas”. A assinatura é um comprometimento que exige um mínimo de concentração, atenção e postura.

Repito que não será pela interferência da cadeira vazia que isto vai correr melhor ou pior, mas o ambiente de improviso e de ligeireza que transpira deste suposto momento histórico, não me parece bom augúrio.

Sem comentários: