Quando se ouve falar na questão dos refugiados Sírios, parece que apenas existe guerra nesse país, mas não é o caso. Olhando unicamente para as proximidades da bacia mediterrânica, há guerra mais ou menos convencional na Síria, Iraque, Iémen, Sudão Norte x Sul, Israel x Palestina. Há golpes de estado violentos não estabilizados na República Centro Africana e Burkina Fasso (por agora). Há guerrilhas muito ativas e violentas na Somália, já passando ao Quénia, na Nigéria, já passando aos Camarões e ao Chad, na Líbia, no Sinai, no Mali, no Niger, Afeganistão e Paquistão. Regimes particularmente violentos e desrespeitadores dos direitos humanos na Eritreia, Burundi… e fico por aqui, dado que já estou a sair do mapa. Será mais curto, e mais difícil, enumerar os países em que existe segurança e um mínimo de condições de vida para a generalidade da população.
Vamos trazer os habitantes destes países problemáticos para a Europa? Só na Nigéria são 170 milhões. Sem desenvolver a ironia de serem necessários muitos monovolumes para ir buscar essa gente toda, é obvio que não!
Vamos trazer os habitantes destes países problemáticos para a Europa? Só na Nigéria são 170 milhões. Sem desenvolver a ironia de serem necessários muitos monovolumes para ir buscar essa gente toda, é obvio que não!
2 comentários:
A opinião aqui postada pelo Sr. Carlos Sampaio é lógica e sensata. Assim como a que foi publicada em "A Aurora do Lima" de 24 de Setembro (Sou Contra e Também a Favor).
Sempre pensei que esta súbita euforia europeia em acolher, acolher, sem o mínimo de ponderação, é precipitada. Para ambas as partes.
Esta precipitação está bem exemplificada naquela família portuguesa, que tem aparecido ultimamente na televisão com tal pressa de acolher, que até partiram para acampamentos para trazer consigo "algumas famílias" de refugiados. O problema - diziam eles - será a violação da lei portuguesa, que exige a identificação dos refugiados acolhidos!
Atitudes precipitadas da Europa (por cá também temos muitas famílias na miséria),levou a um êxodo nunca visto e as N.U. avisaram à dias que o pior ainda está para vir!
Humberto Eco, numa entrevista ao "Expresso" "avisou" que dentro de um século a Europa mudará de cor e muito sangue irá correr. Como pergunta, e bem, o Sr. Carlos Sampaio, "Vamos trazer os habitantes destes países problemáticos para a Europa?"
Esperemos que haja uma solução e que não tarde.
Com os melhores cumprimentos
A. Rocha
Boa tarde
Aqui estou a falar apenas da dimensão.
Depois, há ainda a questão da motivação e da integração, que são assuntos mais sensíveis de tratar, sobretudo face aqueles que acreditam que o mundo é como eles imaginam e não como realmente é.
Fica para uma próxima...
CS
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