29 setembro 2015

Em jeito de prognóstico


Depois de 4 anos duríssimos, plenos de medidas impopulares, era previsível o poder cair no colo do PS, quase sem esforço. Aparentemente não será assim e parece claro que António Costa perderá as eleições.

Pode ser uma lição e um sinal de maturidade acrescida dos eleitores. Aqueles excitados que criticavam A.J. Seguro, talvez entendam agora que há uma diferença entre o que aparelho adora e o que o eleitorado aprecia. A. Costa foi dizendo e ajustando o que dizia, conforme achava necessário para ganhar as eleições e não convenceu.

Se tivesse dito: “não queremos castigar mais os contribuintes e pensionistas, vamos reduzir a despesa pública”, enunciando medidas concretas e sérias de reforma do aparelho do estado, teria tido o benefício da dúvida. “Não vamos tirar nada a ninguém e o dinheiro há-de aparecer, está tudo aqui neste cartapaço de folhas A3, que espeto no nariz de quem não acredita…“ não convence… Eu, por exemplo, não entendo como reduzir as contribuições para a segurança social, e deixar mais dinheiro no bolso do pessoal, é virtuoso quando proposto pelo PS, porque gera crescimento e, ao mesmo tempo, pernicioso quando é proposto pela PaF, porque irá promover a especulação financeira.

Lamento que a coligação vá assim ganhar, sem precisar de grande esforço de correção, nem da humildade associada. Limita-se a anunciar meia dúzia de medidas simpáticas e a apontar as areias movediças por onde o PS resolveu caminhar.


Nota: imagem retirada de uma reportagem de campanha, com uma sequência de pulos de A. Costa... ele bem tenta subir, mas o efeito não é o ideal !

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