Andava meio mundo entretido a comentar o cachecol do Sr Varoufakis e outro meio a inventar anedotas envolvendo as rodas da cadeira do Sr Schauble, que quase nem se prestou atenção às revelações do “Swissleaks”. Hoje o assunto tem menos visibilidade, já perdeu o efeito de novidade, mas vale a pena voltar ao tema.
Trata-se da revelação de uma fraude fiscal de 180 mil milhões de euros que a filial suíça do banco inglês HSBC proporcionou a 100 mil clientes. A lista divulgada reporta-se a 2006/2007, altura em que os dados foram “roubados” por um informático. Desde 2010 que ela circula reservadamente por polícias, responsáveis políticos e inspectores fiscais de vários países, sem, no entanto, suscitar muito entusiasmo ou ações concretas. Apenas agora, devido a um trabalho de investigação jornalística, vieram a público detalhes e nomes de envolvidos. Gente que fugiu aos impostos, muitos deles de países com contas públicas deficitárias e a precisarem de reduzir pensões e outras prestações socialmente sensíveis. Não deixa de ser curioso que quando se contam os tostões dos orçamentos de estado e se escrutinam as contribuições de cada país para os “resgates”, estes milhões fiscalmente tresmalhados pareçam ser um detalhe de somenos importância.
Preocupante ainda é o HSBC assumir não colocar publicidade em meios de comunicação “hostis”. No “Daily Telegraph” um jornalista de referência já se demitiu em protesto contra o facto de o jornal ter minimizado a cobertura do caso, para não perder receitas de publicidade. Não consigo entender como todos os protestos da opinião pública se concentram no senhor Schauble. Se são mesmo contra os “mercados” e o “capital malvado”, sejam coerentes e ataquem uma das principais origens do mal.
Trata-se da revelação de uma fraude fiscal de 180 mil milhões de euros que a filial suíça do banco inglês HSBC proporcionou a 100 mil clientes. A lista divulgada reporta-se a 2006/2007, altura em que os dados foram “roubados” por um informático. Desde 2010 que ela circula reservadamente por polícias, responsáveis políticos e inspectores fiscais de vários países, sem, no entanto, suscitar muito entusiasmo ou ações concretas. Apenas agora, devido a um trabalho de investigação jornalística, vieram a público detalhes e nomes de envolvidos. Gente que fugiu aos impostos, muitos deles de países com contas públicas deficitárias e a precisarem de reduzir pensões e outras prestações socialmente sensíveis. Não deixa de ser curioso que quando se contam os tostões dos orçamentos de estado e se escrutinam as contribuições de cada país para os “resgates”, estes milhões fiscalmente tresmalhados pareçam ser um detalhe de somenos importância.
Preocupante ainda é o HSBC assumir não colocar publicidade em meios de comunicação “hostis”. No “Daily Telegraph” um jornalista de referência já se demitiu em protesto contra o facto de o jornal ter minimizado a cobertura do caso, para não perder receitas de publicidade. Não consigo entender como todos os protestos da opinião pública se concentram no senhor Schauble. Se são mesmo contra os “mercados” e o “capital malvado”, sejam coerentes e ataquem uma das principais origens do mal.
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