“Que ficará da microcultura?”. Era o título de um artigo que li há uns tempos e que me ficou a ecoar … falava de microteatro, microrelatos, micropoetas e outras formas de expressão minimalistas… As frases curtas, expressivas e significativas não são uma novidade. Há uma variedade enorme e interessantíssima de aforismos com várias origens, desde os simples ditados populares até às citações de Confúcio, passando pelas “frases célebres de pessoas famosas”… muito anteriores ao tempo do twitter.
O curto e conciso pode ser uma forma muito eficaz de transmitir uma ideia, expressar uma emoção… de criar. A interrogação que fica, e o problema que coloco, é se não estaremos a evoluir para um tempo em que não teremos paciência para ouvir uma sinfonia completa, assistir a mais de 15 minutos de teatro ou ler mais do que uns “tweets”. Vivemos assediados por informação, solicitações e ruidosas banalidades, num excesso difícil de gerir. Por vezes comportamo-nos como se, face a uma mesa farta, provássemos de um prato, mas, ao ver outro ao lado, cuspíssemos o que já tínhamos na boca, para passar ao seguinte e continuar... Tocando em tudo e não saboreando a sério nada. Quantos podemos ou conseguimos passar uma hora em concentração exclusiva num livro, por exemplo, sem interrupção, sem recebermos ou procurarmos uma interacção qualquer com o exterior?
A “cultura do rápido” como complementar é interessante, como exclusiva é perigosa. Porque há mais mundo para lá dos aforismos.
O curto e conciso pode ser uma forma muito eficaz de transmitir uma ideia, expressar uma emoção… de criar. A interrogação que fica, e o problema que coloco, é se não estaremos a evoluir para um tempo em que não teremos paciência para ouvir uma sinfonia completa, assistir a mais de 15 minutos de teatro ou ler mais do que uns “tweets”. Vivemos assediados por informação, solicitações e ruidosas banalidades, num excesso difícil de gerir. Por vezes comportamo-nos como se, face a uma mesa farta, provássemos de um prato, mas, ao ver outro ao lado, cuspíssemos o que já tínhamos na boca, para passar ao seguinte e continuar... Tocando em tudo e não saboreando a sério nada. Quantos podemos ou conseguimos passar uma hora em concentração exclusiva num livro, por exemplo, sem interrupção, sem recebermos ou procurarmos uma interacção qualquer com o exterior?
A “cultura do rápido” como complementar é interessante, como exclusiva é perigosa. Porque há mais mundo para lá dos aforismos.
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