Para quem não sabia ou não imaginava, a crise vem mesmo aí. Até aqui andávamos a brincar com ela, atirando generosamente dinheiro aos problemas, dinheiro esse que por acaso nem era nosso. Agora, graças à Grécia e aos “mercados”, a expressão recém consagrada para designar quem tem para emprestar, descobrimos que se calhar essa não terá sido a melhor opção... e vai doer.
Devemos agradecer à Grécia, apesar de a situação deles ter algumas especificidades não comuns com a nossa, por ter feito disparar o alarme. Se tivéssemos continuado alegremente a cavar o défice por mais um ano, a ressaca seria certamente pior.
Não somos caso único. A Espanha está quase igual e veremos quanto à França que surpresa nos reserva. Para lá deste agradecimento fica o espanto. Os governantes europeus não sabiam que existem “mercados” financeiros sobre os quais não exercem soberania, como exercem, por exemplo, sobre os impostos dos seus súbditos, e que “beber para esquecer a dor de fígado” não é necessariamente uma brilhante ideia?
Se não sabiam é gravíssimo, se sabiam e assobiaram para o lado por populismo é muito mau e deixa-me muito preocupado com a qualidade de quem nos governa e/ou com as regras da sobrevivência democrática que nos levam ao desgoverno.
A Europa é um barco entrado numa tempestade. Quando as ondas começaram a varrer a coberta os seus “funcionários” reagiram com reuniões, declarações e muita credulidade. Agora que descobriram que há perigo real desatam a procurar os baldes e a improvisar. Sem timoneiros capazes de definirem um rumo, de o aplicarem e de sobreviverem politicamente à sua aplicação não naufragaremos necessariamente, mas ficamos com um barco mal remendado que vai ficando para trás na corrida. Ou seja, ficaremos mais pobres.
Devemos agradecer à Grécia, apesar de a situação deles ter algumas especificidades não comuns com a nossa, por ter feito disparar o alarme. Se tivéssemos continuado alegremente a cavar o défice por mais um ano, a ressaca seria certamente pior.
Não somos caso único. A Espanha está quase igual e veremos quanto à França que surpresa nos reserva. Para lá deste agradecimento fica o espanto. Os governantes europeus não sabiam que existem “mercados” financeiros sobre os quais não exercem soberania, como exercem, por exemplo, sobre os impostos dos seus súbditos, e que “beber para esquecer a dor de fígado” não é necessariamente uma brilhante ideia?
Se não sabiam é gravíssimo, se sabiam e assobiaram para o lado por populismo é muito mau e deixa-me muito preocupado com a qualidade de quem nos governa e/ou com as regras da sobrevivência democrática que nos levam ao desgoverno.
A Europa é um barco entrado numa tempestade. Quando as ondas começaram a varrer a coberta os seus “funcionários” reagiram com reuniões, declarações e muita credulidade. Agora que descobriram que há perigo real desatam a procurar os baldes e a improvisar. Sem timoneiros capazes de definirem um rumo, de o aplicarem e de sobreviverem politicamente à sua aplicação não naufragaremos necessariamente, mas ficamos com um barco mal remendado que vai ficando para trás na corrida. Ou seja, ficaremos mais pobres.
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