28 maio 2010

O Mourinho e os Merdinhos

Pode-se não se apreciar o estilo de José Mourinho, pode-se não se simpatizar nada com o homem, mas criticá-lo destrutivamente só pode ser obra invejosa de um Merdinho qualquer. Um Merdinho divide as pessoas em dois grupos. Há aqueles que quando falham são crucificados e quando fazem bem apenas cumprem a sua obrigação. Depois, há o outro grupo, dos “nossos”, dos que quando falham foi azar nítido e que quando acertam são uns craques. Os primeiros são frontais e assumidos; os segundos são esquivos e espertos. E não vale a pena entrar em considerações e conclusões sobre o efeito que a primazia de um grupo ou do outro traz em termos de resultados.

Mourinho aceita ser crucificado quando falha e assume riscos com frontalidade. Por isso quando tem sucesso não há nada a dizer a não ser “bravo!”. Não me consta que use técnicas baixas. Se ganhou foi por mérito próprio, daí que os Merdinhos deveriam discretamente permanecer calados.

Mesmo agora, ele podia ter ficado endeusado no Inter, gozando de um tranquilo estado de graça e com muito mais peso para poder chamar “prostituídos intelectuais” a certos “jornalistas” italianos. Mas não. Parte para o Real onde o mínimo que lhe é exigido é ganhar tudo. Caso contrário será alegremente crucificado por todos os Merdinhos deste mundo. É certo que vai ganhar uma pipa de massa, isso faz parte do jogo, mas nenhum Merdinho alguma vez trocaria uma situação pela outra. Daí as críticas.

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