06 maio 2010

Compulsos (14)

Começou em
Bem-vindos! Bem-vindos a este círculo dos compulsivos. Todos temos pulsões e compulsões, apenas a sua natureza e ponderação muda. Se as misturarmos e distribuímos na boa medida, seremos todos normais.
E um dia disseram: E se fossemos ao círculo? Não explicarem porquê. Talvez por nostalgia, curiosidade ou, mais perigoso, desfastio. Foram calorosamente recebidos! Nos rostos lia-se uma genuína satisfação de sentir a família completa de novo, com todas as suas valências e idiossincrasias.

Correu muito bem. Parecia que todos eles tinham algo novo a contar e que só o conseguiam dizer com aqueles dois presentes. Ou porque entendiam que eles diziam de forma diferente ou porque ...

E ela falou de novo. Séria, esticou o tronco e falou de traços, de despejos, de chamadas e de fugas. Ele também voltou ao elogio da imaginação. À saída a mão dela termia e ele imaginava o que diria à Joana se a encontrasse.
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Posfácio: E para o que lhe havia de ter dado! Imaginar uma história de um círculo que não existe e com um título que é uma palavra que também não existe, pelo menos neste contexto!
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E acabou.

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