Faz-me confusão ouvir dizer que os grandes projectos públicos deverão ser/serão cancelados devido à situação financeira actual, por não haver dinheiro. É certo que quem não tem dinheiro deve reduzir os seus gastos. Mas gastar é diferente de investir. Posso não ter dinheiro para gastar mas posso ter um excelente projecto rendível para o qual não terei dificuldades em obter financiamento.
Obviamente que quando o financiamento do projecto é feito em condições de mercado adversas ou frágeis do investidor, a fasquia da rendibilidade tem que ser colocada num nível mais elevado, mas a decisão de investir ou não será sempre função da retorno expectável para o projecto.
Curiosamente em todas as discussões a que assisto sobre a oportunidade ou a falta de oportunidade destes chamados “investimentos” públicos, fala-se de investir como se se falasse de gastar. E isso preocupa-me. Mesmo a referência aos efeitos positivos na dinamização da economia ao nível da realização da empreitada são temporários e nunca podem por si só justificar a despesa. Faz lembrar a política de contratar funcionários públicos para preencher e carimbar formulários apenas com o objectivo de reduzir o desemprego.
Em resumo fica a questão: os “investimentos” públicos são planeados na perspectiva do investimento e seu retorno ou do “gastar” em que, havendo dinheiro, gasta-se, não havendo não se gasta?
PS: Escrevi a palavra “rendível” em vez do consagrado “rentável”, apesar do dicionário do editor não a reconhecer, porque se descobriu agora que em português se diz rendimento e não “rente” como em francês. No entanto, penso que o “renting” anglo-saxónico continua e continuará a ser bem recebido quando se quiser alugar qualquer coisa. Pauvres mecs !
Obviamente que quando o financiamento do projecto é feito em condições de mercado adversas ou frágeis do investidor, a fasquia da rendibilidade tem que ser colocada num nível mais elevado, mas a decisão de investir ou não será sempre função da retorno expectável para o projecto.
Curiosamente em todas as discussões a que assisto sobre a oportunidade ou a falta de oportunidade destes chamados “investimentos” públicos, fala-se de investir como se se falasse de gastar. E isso preocupa-me. Mesmo a referência aos efeitos positivos na dinamização da economia ao nível da realização da empreitada são temporários e nunca podem por si só justificar a despesa. Faz lembrar a política de contratar funcionários públicos para preencher e carimbar formulários apenas com o objectivo de reduzir o desemprego.
Em resumo fica a questão: os “investimentos” públicos são planeados na perspectiva do investimento e seu retorno ou do “gastar” em que, havendo dinheiro, gasta-se, não havendo não se gasta?
PS: Escrevi a palavra “rendível” em vez do consagrado “rentável”, apesar do dicionário do editor não a reconhecer, porque se descobriu agora que em português se diz rendimento e não “rente” como em francês. No entanto, penso que o “renting” anglo-saxónico continua e continuará a ser bem recebido quando se quiser alugar qualquer coisa. Pauvres mecs !
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