17 julho 2009

No meu tempo...


Testemunho antigo:

"Nascemos com a Lua aos pés, trazida em transmissões directas..."

Nos 40 anos da viagem histórica da Apolo 11, quem imaginaria que poderíamos dizer hoje aos nossos filhos e mais tarde aos nossos netos, com um toque de nostalgia:

“No meu tempo... no meu tempo... no meu tempo o homem caminhava na lua!!”

Valeu a pena? Se a nossa vida actual não seria muito diferente se o homem não tivesse chegado à Lua, a alma, essa sim, estaria mais pequena.

Dizia Gedeão que é o sonho que faz o mundo pular e avançar. Mas não basta. Para mexer mesmo a sério, é preciso mais. Sem a motivação gerada pela Guerra Fria USA/URSS, em cuja contabilidade também contavam as bandeiras científicas tecnológicas, nunca a exploração espacial teria tido o mesmo ritmo, empenho e amplitude.
Por outro lado, e mais concretamente, 8 anos antes de 1969 John Kennedy tinha definido o grande obectivo de colocar um homem na Lua antes do final da década de 60. E, sem esse objectivo claro e a grande pressão associada, a NASA teria feito o melhor possível mas não necessariamente antes do final da década.

Para terminar fica a natureza da motivação. Quando um enorme desafio é lançado, o que motiva e mobiliza vontades para atingir esse “impossível”? O chicote? O cheque? A vergonha da humilhação de falhar? O simples prazer e satisfação de cumprir? A vaidade e o orgulho pessoal ou colectivos? Tanta coisa e tão diversa que nos perdemos. O certo é que é na natureza dessa motivação que se define a qualidade de um individuo, grupo ou nação e o que realmente vale a pena valer a pena.
Foto extraída do site da Nasa

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