Li numa entrevista recente que o Sr Miguel Sousa Tavares está a pensar seriamente em abandonar este país corrupto, decrépito e resignado para se instalar no jovem e pujante Brasil. Faz-me um pouco lembrar os “vencidos da vida” e a história da “choldra”.
Bom, antes de mais, o paralelo fica por aí porque se este senhor publica livros com muito sucesso não é um escritor ao nível dos “vencidos” do século XIX. De qualquer forma, o objectivo não é discutir méritos literários e muito menos comparar o padrão cívico brasileiro com o nosso.
Eu acho que, no fundo, o sr Miguel Sousa Tavares está é vencido por si próprio. Vejamos. Por muitos defeitos que tenha, Portugal não é um país asfixiante. Se o senhor não se vê como possível exemplar "governador" ou simples presidente de uma câmara, poderia sempre, recursos não lhe faltam, promover algo ele próprio. Escreve-se mal, há falta de formação cívica, há deficiências no jornalismo? Não me parece difícil encontrar um campo em que o senhor pudesse aplicar o seu esforço para fazer evoluir o país. E, em caso de sucesso, seguramente que o seu ego ficaria maior do que o enorme Brasil.
Mas não. É mais fácil invocar a “choldra”, mesmo sem usar a palavra específica, e partir. E neste caso, a partida é fundamentalmente uma desistência.
Bom, antes de mais, o paralelo fica por aí porque se este senhor publica livros com muito sucesso não é um escritor ao nível dos “vencidos” do século XIX. De qualquer forma, o objectivo não é discutir méritos literários e muito menos comparar o padrão cívico brasileiro com o nosso.
Eu acho que, no fundo, o sr Miguel Sousa Tavares está é vencido por si próprio. Vejamos. Por muitos defeitos que tenha, Portugal não é um país asfixiante. Se o senhor não se vê como possível exemplar "governador" ou simples presidente de uma câmara, poderia sempre, recursos não lhe faltam, promover algo ele próprio. Escreve-se mal, há falta de formação cívica, há deficiências no jornalismo? Não me parece difícil encontrar um campo em que o senhor pudesse aplicar o seu esforço para fazer evoluir o país. E, em caso de sucesso, seguramente que o seu ego ficaria maior do que o enorme Brasil.
Mas não. É mais fácil invocar a “choldra”, mesmo sem usar a palavra específica, e partir. E neste caso, a partida é fundamentalmente uma desistência.
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