Em tempos, ao definir as qualificações requeridas para um posto de trabalho, alguém dizia que bastando saber ler e escrever seria suficiente a “4ª classe”. Na altura acrescentei que estava de acordo, mas desde que fosse uma 4ª classe das antigas! Porque, realmente, antigamente saía-se desse nível a saber ler e escrever. Quer dizer... quase todos saiam. Alguns poucos que não conseguiam mesmo assimilar o programa mínimo lá andavam até ao limite de idade, sendo caridosamente aprovados pelos professores, desde que fosse bem claro que não iriam prosseguir os estudos. Esses professores tinham brio e vergonha de entregar gente mal preparada aos colegas seguintes.
Hoje este problema da 4ª classe multiplicou por três e passou para 12 anos. E encontrou-se uma solução chamada “novas oportunidades” para desencalhar o pessoal. Se é análogo aos que “faziam” a 4ª classe com 14 anos, apenas para poderem tirar a carta de condução, talvez se entenda. No entanto, se o 12ª ano NO é igualzinho ao normal, tirado a sério e com esforço em termos de qualificação profissional e acesso ao ensino superior, é uma enorme injustiça. Já se está a ver a malta toda a aproveitar descaradamente a oportunidade para conseguir o “mesmo” com menos trabalho.
E, por falar em ensino superior, se hoje já há quem por lá ande, simplesmente andando, concluindo uma cadeira em cada ano, como ficará quando lá chegarem os NO’s? Há uma solução: criar licenciaturas NO concluídas em 6 meses e não muito complicadas para “resolver o problema”. No final teremos muitos e muitos licenciados que se criaram e formaram no facilitismo absoluto e que ... esperarão novas facilidades.
Não sou de forma nenhuma contrário à diferenciação de curricula. Tem é que ser clarificado e assumido. A não diferenciação mata o mérito e nem vale a pena pensar sobre um país de gente formada desta forma desenrascada. Por este andar iremos ter muitos “mestres” que na realidade terão qualificações inferiores a uma 4ª classe... das antigas.
Hoje este problema da 4ª classe multiplicou por três e passou para 12 anos. E encontrou-se uma solução chamada “novas oportunidades” para desencalhar o pessoal. Se é análogo aos que “faziam” a 4ª classe com 14 anos, apenas para poderem tirar a carta de condução, talvez se entenda. No entanto, se o 12ª ano NO é igualzinho ao normal, tirado a sério e com esforço em termos de qualificação profissional e acesso ao ensino superior, é uma enorme injustiça. Já se está a ver a malta toda a aproveitar descaradamente a oportunidade para conseguir o “mesmo” com menos trabalho.
E, por falar em ensino superior, se hoje já há quem por lá ande, simplesmente andando, concluindo uma cadeira em cada ano, como ficará quando lá chegarem os NO’s? Há uma solução: criar licenciaturas NO concluídas em 6 meses e não muito complicadas para “resolver o problema”. No final teremos muitos e muitos licenciados que se criaram e formaram no facilitismo absoluto e que ... esperarão novas facilidades.
Não sou de forma nenhuma contrário à diferenciação de curricula. Tem é que ser clarificado e assumido. A não diferenciação mata o mérito e nem vale a pena pensar sobre um país de gente formada desta forma desenrascada. Por este andar iremos ter muitos “mestres” que na realidade terão qualificações inferiores a uma 4ª classe... das antigas.
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