A China está nas bocas do mundo e, em particular neste momento, pelo crescimento das suas exportações de têxteis e confecções. Infelizmente, muitas das posições são teóricas e maniqueístas: uns pela abertura contra o proteccionismo; outros pelo proteccionismo contra a liberalização. A realidade não é, nem pode ser, assim a preto e branco. O desenvolvimento mundial necessita de equilíbrio e, para isso, é necessário liberalizar o comércio mundial. No entanto, as diferenças abismais no estádio de desenvolvimento e nos padrões de vida exigem uma abertura controlada. O que deveria estar em discussão seria unicamente a velocidade dessa abertura. Uma reserva de água numa barragem pode ser muito útil se for utilizada de forma controlada e pode provocar uma catástrofe se for despejada num ápice.
Há, no entanto, coisas na China que ultrapassam a simples questão da mão-de-obra barata e da dimensão.
Por um lado, alguma irracionalidade na utilização de recursos financeiros e materiais. Quando o “resto” do mundo mede e avalia a rentabilidade da aplicação do capital, a China faz investimentos públicos e semi-públicos faraónicos, muitas vezes sem lógica aparente. Quando o “resto” do mundo se interroga sobre a sustentabilidade da utilização dos recursos naturais, a China devora matérias-primas a um ritmo alucinante e sempre crescente.
Outro aspecto é a falta de respeito pela propriedade intelectual. E não se trata só da contrafacção de camisolas e relógios. Chegamos aos automóveis! O governo chinês convidou a SAIC (Shanghai Automotive Industrial Corp) a colaborar com o fabricante estatal Chery. O resultado foi a Chery lançar, e com muito sucesso, um modelo QQ copiado, sem autorização, do Daewoo Matiz/Chevrolet Spark da General Motors, parceira da SAIC. A GM acusou formalmente a Chery mas tratando sempre o assunto com “pinças”, não vá o governo chinês aborrecer-se e condenar a sua presença nesse mercado. E não foi a primeira. A Toyota e a Honda tiveram também problemas de cópia e as suas queixas não tiveram sucesso.
Pela sua forma de encarar os negócios, pela sua politica económica dirigista e pelo seu gigantismo, a China joga com regras diferentes das nossas. Muitos de nós gostaríamos de ver o povo chinês com melhores condições de vida mas muito poucos gostaríamos de viver num mundo à imagem da China. Pior, um mundo à imagem da China actual é inaceitável e insustentável.
De referir também que, com a quantidade de dólares que eles estão a acumular, comprados para financiar o consumo insustentado dos USA, bem poderão um dia aportar a Nova Iorque com um navio repleto deles e comprar a cidade inteira...
Há, no entanto, coisas na China que ultrapassam a simples questão da mão-de-obra barata e da dimensão.
Por um lado, alguma irracionalidade na utilização de recursos financeiros e materiais. Quando o “resto” do mundo mede e avalia a rentabilidade da aplicação do capital, a China faz investimentos públicos e semi-públicos faraónicos, muitas vezes sem lógica aparente. Quando o “resto” do mundo se interroga sobre a sustentabilidade da utilização dos recursos naturais, a China devora matérias-primas a um ritmo alucinante e sempre crescente.
Outro aspecto é a falta de respeito pela propriedade intelectual. E não se trata só da contrafacção de camisolas e relógios. Chegamos aos automóveis! O governo chinês convidou a SAIC (Shanghai Automotive Industrial Corp) a colaborar com o fabricante estatal Chery. O resultado foi a Chery lançar, e com muito sucesso, um modelo QQ copiado, sem autorização, do Daewoo Matiz/Chevrolet Spark da General Motors, parceira da SAIC. A GM acusou formalmente a Chery mas tratando sempre o assunto com “pinças”, não vá o governo chinês aborrecer-se e condenar a sua presença nesse mercado. E não foi a primeira. A Toyota e a Honda tiveram também problemas de cópia e as suas queixas não tiveram sucesso.
Pela sua forma de encarar os negócios, pela sua politica económica dirigista e pelo seu gigantismo, a China joga com regras diferentes das nossas. Muitos de nós gostaríamos de ver o povo chinês com melhores condições de vida mas muito poucos gostaríamos de viver num mundo à imagem da China. Pior, um mundo à imagem da China actual é inaceitável e insustentável.
De referir também que, com a quantidade de dólares que eles estão a acumular, comprados para financiar o consumo insustentado dos USA, bem poderão um dia aportar a Nova Iorque com um navio repleto deles e comprar a cidade inteira...
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