Num gabinete de arquitectura, o arquitecto-mor extraordinariamente experiente e brilhante tinha o hábito de questionar e validar todos os projectos dos juniores, na fase final. Apontava-lhes os problemas, sugeria melhorias, em suma, garantia que tudo saía bem.
O problema começa quando as alterações se tornam sistemáticas, mesmo para os menos juniores. O chefe tinha sempre que mudar alguma coisa. Às vezes parecia mesmo por simples capricho. A porta passava da esquerda para a direita porque sim. Os arquitectos submissos lá voltavam resignados ao estirador para mudar a porta de sítio, sentindo o seu trabalho mutilado porque essa mudança tinha outras implicações que o chefe não tinha abarcado, nem eles tinham conseguido explicar.
Um dia, um dos arquitectos terminou um projecto, para ele irrepreensível, de um hospital. Tinha pesadelos só de imaginar o momento em que o apresentaria para aprovação ao chefe. Sabia que algo seria mudado e tremia só de imaginar o seu trabalho perfeito adulterado por capricho. Então teve uma ideia brilhante. Incluiu no centro do átrio principal um quiosque de venda de charutos. E lá foi apresentar o projecto ao chefe. Este achou quase tudo muito bem. Só lhe exigiu que retirasse do projecto o quiosque estúpido.
Contaram-me esta anedota há muitos anos mas, sinceramente, acho que ainda merece ser objecto de reflexão. É um estilo de liderança castrador que não dá terreno de desenvolvimento pessoal. Para além do chefe, todos permaneciam eternamente juniores. Não motiva o rigor e a busca da perfeição porque o trabalho nunca é completamente concluído pelo autor. Não delega responsabilidades, não cria autonomia e, evidentemente, sufoca a inovação. E... já imaginaram o problema que seria se o chefe estivesse distraído nesse dia e tivesse trocado o lugar da porta, deixando lá o quiosque!?
O problema começa quando as alterações se tornam sistemáticas, mesmo para os menos juniores. O chefe tinha sempre que mudar alguma coisa. Às vezes parecia mesmo por simples capricho. A porta passava da esquerda para a direita porque sim. Os arquitectos submissos lá voltavam resignados ao estirador para mudar a porta de sítio, sentindo o seu trabalho mutilado porque essa mudança tinha outras implicações que o chefe não tinha abarcado, nem eles tinham conseguido explicar.
Um dia, um dos arquitectos terminou um projecto, para ele irrepreensível, de um hospital. Tinha pesadelos só de imaginar o momento em que o apresentaria para aprovação ao chefe. Sabia que algo seria mudado e tremia só de imaginar o seu trabalho perfeito adulterado por capricho. Então teve uma ideia brilhante. Incluiu no centro do átrio principal um quiosque de venda de charutos. E lá foi apresentar o projecto ao chefe. Este achou quase tudo muito bem. Só lhe exigiu que retirasse do projecto o quiosque estúpido.
Contaram-me esta anedota há muitos anos mas, sinceramente, acho que ainda merece ser objecto de reflexão. É um estilo de liderança castrador que não dá terreno de desenvolvimento pessoal. Para além do chefe, todos permaneciam eternamente juniores. Não motiva o rigor e a busca da perfeição porque o trabalho nunca é completamente concluído pelo autor. Não delega responsabilidades, não cria autonomia e, evidentemente, sufoca a inovação. E... já imaginaram o problema que seria se o chefe estivesse distraído nesse dia e tivesse trocado o lugar da porta, deixando lá o quiosque!?
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