Num tempo não muito longínquo, uma autofotografia (fugindo, para já, à “inglesite”) praticamente só existia num contexto de grupo. Usava-se o temporizador da máquina, pousada em local improvisado, e corria-se para o lugar vazio à nossa espera, no meio de mais uns tantos.
Hoje é muito mais fácil e barato tirar fotografias, há quase sempre uma máquina à mão no telemóvel, mas penso que não é apenas isso que justifica a quase obsessão pelas “selfies”. É como se houvesse uma necessidade imperiosa de registar a cada passo onde se esteve, com quem e o que se fez. O princípio em si não é grave, o problema está na proporção. Pode ser mais importante investir o tempo face a uma paisagem ou a uma obra de arte em aprecia-las do que em fazer um registo precipitado para a galeria dos “esteve…”.
O que somos depende, certamente, donde estivemos, com quem e do que fizemos. Essas imagens podem ser um registo importante na construção da identidade de cada um. Mas não chegam! Uma sugestão e um desafio: junto a cada “selfie”, tentar acrescentar uma reflexão: “Quem sou eu aqui, o que aprendi e o que ficou deste momento?”.
Hoje é muito mais fácil e barato tirar fotografias, há quase sempre uma máquina à mão no telemóvel, mas penso que não é apenas isso que justifica a quase obsessão pelas “selfies”. É como se houvesse uma necessidade imperiosa de registar a cada passo onde se esteve, com quem e o que se fez. O princípio em si não é grave, o problema está na proporção. Pode ser mais importante investir o tempo face a uma paisagem ou a uma obra de arte em aprecia-las do que em fazer um registo precipitado para a galeria dos “esteve…”.
O que somos depende, certamente, donde estivemos, com quem e do que fizemos. Essas imagens podem ser um registo importante na construção da identidade de cada um. Mas não chegam! Uma sugestão e um desafio: junto a cada “selfie”, tentar acrescentar uma reflexão: “Quem sou eu aqui, o que aprendi e o que ficou deste momento?”.
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