Quando a contestação popular começou na Síria xiita, aliada do Irão, os sunitas do golfo, a Turquia mais ou menos laica e os ocidentais atrás, entenderam ser uma oportunidade excelente para castigar e enfraquecer o Irão. Vai daí, ajudaram e financiaram todos que quisessem molhar a sopa, incluindo a Al Qaeda, curiosamente promovida a coisa menos má do que o maléfico Irão. O então EISL, agora pomposamente chamado “Estado Islâmico”, já dizia ao que ia e como. De tal forma que a própria Al Qaeda se afastou dele.
Hoje, estando como e onde queria, com a barbaridade conhecida, conseguiu a façanha de, aparentemente, alinhar contra ele, no sentido dos ponteiros do relógio: Síria, Ocidente, Turquia, Curdos, Irão, o que resta do Iraque e monarquias do golfo. É obra! No entanto, continuam pujantes e ricos. Dizem que os do Golfo já não lhes pagam mais. Está bem que se apropriaram do recheio de bancos iraquianos, receberam pagamento de resgates de reféns e também vendem petróleo dos campos que controlam. Curiosamente, o petróleo não se trafica como os diamantes num saquinho, que se esconde em qualquer lado!
O que me parece claramente é que algures no mostrador do relógio que atrás referi, há umas horas furadas. Se todos estivessem na prática firmemente determinados a acabar com aquela coisa monstruosa, pelo menos, pelo menos, petróleo eles não venderiam!
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