A possibilidade do Syriza ganhar as próximas eleições gregas e ser governo está a provocar muita excitação, em várias frentes. Eu confesso ter alguma curiosidade em assistir aos efeitos práticos de uma mudança dessas. Em primeiro lugar, seria um teste necessário para o Euro. A nossa bela moeda única, criada com muito optimismo (ou ligeireza) prevendo apenas dias de sol, precisa de estar preparada para lidar com decisões soberanas e democráticas de um país membro, doa a quem doer, e até poderá doer mais ao rebelde do que ao sistema.
Todos sabemos ou imaginamos qual o resultado de falar grosso a quem devemos dinheiro: depende de quanto a nossa dívida pesa para esse credor. Se for pouco manda-nos passear; se for relevante irá aceitando o “diálogo”… até valer pouco. Daí, eu ter muita curiosidade em ver na prática os efeitos desse “Não pagamos!”. Muito provavelmente ninguém depois emprestará decentemente um euro (ou um dracma) à Grécia e não acredito que fique numa situação melhor do que a actual.
Ou será que o Syrisa no poder, tornar-se-á mais “pragmático” e menos “idealista”? Sendo muito provável que a aplicação duma política de ruptura terá consequências duras, principalmente para os gregos, acho ser uma experiencia a tentar. De uma forma ou de outra é necessário clarificar e concretizar as alternativas possíveis para estas dívidas insustentáveis (onde se inclui a nossa) e para a governação desta europa perigosamente dividida entre o norte supostamente rico, sério e implacável e o sul declarado pobre, trapalhão e corrupto. A realidade é mais complexa e pode ser mais rica.
Todos sabemos ou imaginamos qual o resultado de falar grosso a quem devemos dinheiro: depende de quanto a nossa dívida pesa para esse credor. Se for pouco manda-nos passear; se for relevante irá aceitando o “diálogo”… até valer pouco. Daí, eu ter muita curiosidade em ver na prática os efeitos desse “Não pagamos!”. Muito provavelmente ninguém depois emprestará decentemente um euro (ou um dracma) à Grécia e não acredito que fique numa situação melhor do que a actual.
Ou será que o Syrisa no poder, tornar-se-á mais “pragmático” e menos “idealista”? Sendo muito provável que a aplicação duma política de ruptura terá consequências duras, principalmente para os gregos, acho ser uma experiencia a tentar. De uma forma ou de outra é necessário clarificar e concretizar as alternativas possíveis para estas dívidas insustentáveis (onde se inclui a nossa) e para a governação desta europa perigosamente dividida entre o norte supostamente rico, sério e implacável e o sul declarado pobre, trapalhão e corrupto. A realidade é mais complexa e pode ser mais rica.
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