31 outubro 2014

Angústia pré-eleitoral

Tipicamente a aproximação das eleições trás cheiro a festa, papas e bolos, mas para mim é uma angústia. O orçamento de estado tenta ser um círculo quadrado. Não se pode abrir muito os cordões à bolsa, mas é necessário dar a ideia disso. E como a ilusão tem custado a passar, é uma trapalhada e uma valsa de receitas fiscais a subir, descer ou a fazer de conta que fico confuso. Especialmente aquela coisa de simular o IRS novo e o IRS antigo e depois poder optar…. parece-me uma brincadeira.

O vice-primeiro-ministro continua irrevogável na sua cavalgada de cavaleiro solitário, com uns tiques de justiceiro, e não se sabe bem se ele ainda faz mesmo parte do governo ou se se terá, eventualmente, mesmo demitido.

O candidato alternativo a primeiro-ministro acha que ainda é cedo para dizer o que pretende fazer, ou cedo para o eleitorado ouvir, mas considera importante apelar ao Tribunal Constitucional por causa do horário de 35 horas nas autarquias… Sim senhor, é uma grande prioridade nacional!

A minha sugestão para esta campanha é: cada candidato apresenta uma proposta de orçamento de estado, plurianual. As propostas serão analisadas por especialistas nas várias áreas, daí convir serem feitas por especialistas, e discutiam-se/validavam-se os méritos/deméritos e a viabilidade de cada uma. Será muito mais importante do que este brincar às escondidas e a campanha resumir-se depois ao habitual concurso de cuspidelas.

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