10 julho 2009

Quando a mamã voltar...


Aquele coitado, que a luz da tarde avançada mal deixa ver, ficou tresmalhado de uma ninhada que passou clandestina pelo meu jardim. Por falsa manobra dele ou por simples azar, não partiu com o resto dos irmãos. Ficou trancado nos meus arrumos durante 3 dias sem comer nem beber. Quando ouvi o miar ontem à noite e o libertei, desapareceu, ignorando a comida que lhe ofereci.

Durante toda a noite miou chamando pela mãe. Hoje de manhã estava encostado a um canto com aspecto de não se mexer mais. Poucos seres têm tanta dignidade, mesmo e especialmente antes de morrerem, como os gatos.

Agora, à tarde, tinha tomado o leite que lhe deixei e já se mexia, escondendo-se de mim. À entrada da noite apanhei-o no limite da luz. Já quase não tem voz para miar mas insiste e continua fixamente olhando para todo o lado, esperando que a mamã há-de chegar.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não o pode adoptar? Vai ver, se o adoptar, que ele não é muito exigente...
HP

Carlos Sampaio disse...

HP

A adopção de um gato depende muito mais da vontade do próprio gato do que da daquele que o adopta...

Anónimo disse...

Eu tenho três... A última é alfacinha, encontrei-a abandonada no meio de uma rua em Lisboa... Eu sei perfeitamente que os donos são eles... Mas não me importo. O Branco tem a mania que é nobre... O Siamês (não puro...) é igualzinho ao Odie (o cão do Garfield) A Preta como eu costumo dizer e perdoe-me a expressão é "Gaja" e mais nada!
HP